(Foto: Arquivo / Sagres Online)
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O presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Benjamin Kennedy, disse à Sagres nesta quinta-feira (9), que a decisão se haverá ou não reajuste do transporte coletivo só será tomada em fevereiro. Ele reconheceu que o contrato de concessão entre o poder público e as empresas de ônibus prevê o reajuste anual no mês de dezembro, mas afirma que a CMTC faz uma negociação com os maiores municípios da região metropolitana para tentar evitar o aumento neste ano. A alternativa em debate é esses municípios contribuírem com recursos que seriam usados para cobrir o reajuste.
A proposta, segundo Benjamin, é que os municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Goianira e Senador Canedo destinem recursos para o transporte coletivo e assim minimizar o valor da tarifa e dar mais acessibilidade ao sistema de transporte. “Estamos trabalhando, não temos 100% acertado com todos e por isso pedimos o prazo até o final de janeiro para que a gente possa divulgar quais ações serão tomadas”.
A CMTC a conseguiu aumentar os recursos com uma renegociação com as empresas e aumentou de 1% para 2% o índice de recursos destinado ao poder concedente. A CMTC recebia entre 340 mil a 360 mil por mês. Desde julho recebe entre 740 mil e 780 mil por mês, o que lhe permitiu melhorar sua equipe técnica.
“Isso nos permitiu contratar novos técnicos, que estão fazendo um levantamento de todas as linhas que operam no sistema, estamos calculando todos itinerários desde o que tínhamos em 2007/2008 até os itinerários atuais, a demanda e o número de viagens, ou seja, estamos passando um pente fino em todas linhas do sistema e pretendemos apresentar propostas de melhorias”. Outras ações apontadas pelo presidente da CMTC, foi o incremento na equipe de fiscalização, segundo ele, todos veículos que operam no transporte coletivo são fiscalizados mensalmente.
Benjamin Kennedy revelou que a Companhia foi criada de uma maneira equivocada, faltava autonomia, recursos para que o órgão pudesse fazer a fiscalização e o planejamento do transporte coletivo e que por isso não tinha propostas de melhorias e de criação de novos modais de transporte. “A CMTC ficou engessada, para ter uma ideia, hoje felizmente nós conseguimos esses novos recursos e estamos promovendo uma melhoria interna, para que possamos começar a fazer a gestão do transporte no sentido completo da palavra”, detalhou. “Nossa expectativa para 2020 é que a CMTC consiga grandes mudanças para o transporte coletivo, devidamente amparados pelo novo corpo técnico, com nova postura, com avaliação da qualidade do atendimento e do transporte”.
Lei do transporte intermunicipal
Benjamin Kennedy criticou a lei sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, que regulamenta o Serviço de Transporte Público Alternativo Intermunicipal. Para ele, a lei poderia ser criada com restrições, como por exemplo, onde ela poderia ser implantada. De acordo com o documento publicado no Diário Oficial do Estado, a lei tem por objetivo incentivar novos modelos de transporte, assegurando a livre concorrência e a transparência dos serviços.
O presidente da CMTC questionou o transporte coletivo pode sofrer um revés. “Precisamos criar políticas públicas que favoreçam o transporte coletivo, a mobilidade urbana e a acessibilidade ao sistema que é o valor da tarifa”, defendeu. “Temos que trabalhar com melhor qualidade, possibilidade de implantação de novas linhas, novos itinerários, substituição da frota atual por uma frota adequada inclusive com ar-condicionado, enfim toda parte de infraestrutura tem que ser mudado. Acreditamos que essa nova governança consiga mudar a cara do transporte coletivo para o bem do usuário”.
Acompanhe a entrevista com o presidente da CMTC, Benjamin Kennedy
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