A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff enviou um pedido de reconsideração ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para ter acesso à delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.

Benjamin é relator da ação que investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer na campanha presidencial de 2014. Na quarta-feira (15), o ministro negou um primeiro pedido feito pela defesa.

Para embasar o requerimento desta quinta-feira (16), o advogado Flavio Caetano apontou contradições nos depoimentos prestados por Hilberto Silva e Fernando Migliaccio, dois ex-funcionários da Odebrecht, em relação a pagamentos que supostamente teriam sido feitos pela empresa a João Santana, marqueteiro de Dilma em 2014, e sua mulher, Monica Moura.

A defesa pede que Benjamin solicite à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para o compartilhamento dos depoimentos prestados na Operação Lava Jato pelos dez ex-executivos da Odebrecht que prestaram depoimento ao TSE desde o início deste mês. O material ainda se encontra sob sigilo.

Em um primeiro requerimento, Caetano havia solicitado também que Benjamin colhesse o depoimento dos presidentes dos noves partidos que compunham a coligação da chapa Dilma-Temer em 2014. O ministro deferiu o pedido, mas determinou que as declarações fossem dadas por escrito. A defesa Dilma insistiu hoje (16) para que sejam realizadas oitivas presenciais.

Da Agência Brasil