A degradação da terra e as secas já afetam a vida de 3,2 bilhões de pessoas no mundo. A informação foi destacada pela Organização das Nações Unidas na abertura da 16ª Conferência da ONU sobre Desertificação, que começou na segunda-feira (2), em Riade, na Arábia Saudita.

Cerca de 40% das terras do planeta estão degradadas e isso causa a perda da produtividade biológica e econômica. Atualmente, quase metade da população mundial está sendo afetada pelo problema, mas a projeção dos especialistas que participaram do primeiro dia da conferência é que esse número chegue a 7,5 bilhões de pessoas até 2050.

De acordo com a vice-secretária-geral das Nações Unidas seriam necessários  US$ 2,6 trilhões até 2030 para resolver a degradação. A maior preocupação é que a seca e a degradação gerem mais migração, instabilidade e insegurança. A preocupação é maior ainda porque, com as mudanças climáticas, as secas estão mais severas e aumentaram cerca de 29% desde 2000.

Futuro do planeta

Durante a abertura, o secretário-executivo da conferência, Ibrahim Thiaw, disse que “a maneira como o solo é administrado hoje determinará diretamente o futuro da vida no planeta”. Além disso, ele afirmou que cuidar da restauração da terra é essencial para “nutrir a própria humanidade”.

Até o dia 13 de dezembro especialistas estarão reunidos em Riade para debates e negociações acerca da desertificação. Entre os assuntos em debate estão a restauração de terras degradadas até 2030 e a gestão sustentável da terra.

*Com ONU News

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.

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