(Foto: Arquivo / Sagres ON)

O deputado federal Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara dos Deputados, disse que o acordo de seu partido pela eleição de Rodrigo Maia (DEM) e a decisão do presidente Jair Bolsonaro de sancionar a medida provisória que concede isenção fiscal a empresas do Norte e Nordeste via Sudam e Sudene foram necessárias em prol da governabilidade.

Como líder do PSL, o delegado articulou contra a votação desta MP na Câmara dos Deputados no final de dezembro, segundo ele, por orientação do então ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e do agora ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, Waldir foi surpreendido na sexta-feira ao descobrir, pela imprensa, que a matéria foi sancionada pelo presidente da República.

“Eu pessoalmente continuo contra. Nossa proposta de governo foi acabar com isenções fiscais. O incentivo tem de ser transitório, mas esse da Sudam e Sudene tem 40 anos e as regiões não mudaram nada em todos esses anos”, disse. O deputado revelou que Bolsonaro cedeu para fazer um “aceno” aos deputados do Norte e Nordeste para que eles votem a favor da reforma da previdência.

Apesar disso, Waldir nega que o governo não está agindo como fizeram seus antecessores, muito criticados por Bolsonaro, por fazerem negociações políticas em prol de governabilidade. “Isso não foi barganha, foi um aceno aos deputados”, justifica Waldir.

O acordo político entre Maia e o PSL também não é visto como uma barganha pelo deputado. O PSL vai dar seus 52 votos à reeleição de Maia e em troca ficará com as presidências da Comissão de Constituição e Justiça e de Finanças e a vice-presidência da mesa diretora. Waldir disso que isso é “diálogo” não barganha. “Fizemos uma negociação inteligente e necessária para a governabilidade do presidente Bolsonaro”, disse.

Goiás

O deputado diz entender que Ronaldo Caiado usou o mesmo modelo de Bolsonaro na formação de sua equipe. “Ele fez escolha técnica para os cargos”, disse. Ele admitiu que há muitos deputados com “ansiedade” por cargos, mas disse que esse não é seu caso. “Eu sempre fui oposição. Estou acostumado a comer osso.”

Ligado à área de segurança pública, o deputado diz que não tem como ajudar o novo secretário, Rodney Miranda, porque não o conhece. “Quando Irapuan Costa Júnior foi indicado (secretário de Segurança Pública por José Éliton) ele me procurou antes mesmo da posse, apesar de eu não o conhecer nem ser da base do governo, se apresentou e disse que, como eu era da área de segurança, queria ter meu apoio. Eu não conheço o atual secretário. Não conhece seus projetos. Não terei como ajudar, disse.

Acompanhe a entrevista completa:

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