A Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (13), o Projeto de Lei Complementar (PLP) que altera a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis. Sobre esse assunto, o deputado federal Delegado Waldir, que votou contra o projeto, declarou que a proposta não se sustenta e que não diminuirá, de fato, o preço dos combustíveis.

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“Tem um benefício que não vai chegar para ele [o cidadão]. A minha conduta não permite votar num projeto eleitoreiro, que não vai passar no Senado. Eu aposto com quem quiser que não vai chegar ao cidadão essa redução. Esse projeto é o seguinte, se o dólar subir semana que vem, não vai adiantar nada. É um projeto demagogo, para enganar o eleitor“, afirmou o deputado.

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Delegado Waldir disse ainda que não entendeu como os colegas deputados, faltando cerca de um ano para a eleição, votaram contra os estados e os municípios. “Os parlamentares dependem de prefeitos e governadores para montar chapa para as próximas eleições. Na verdade, o que acontece, é um grande estelionato, uma grande demagogia, um projeto eleitoreiro”, reforçou.

Segundo o deputado, a aprovação do projeto afetará as pessoas mais pobres, pois deve impedir estados e municípios de continuarem investindo em políticas públicas. “Dinheiro do Renda Cidadã, do Mães de Goiás, para a saúde, educação e creche. Então, eu não votaria sim num projeto desse, que é mera enganação. É a Câmara querendo ‘mitar’ faltando um ano para a eleição”, pontuou.

O fato de o projeto “aparentar ser mais popular, pela possível redução do preço do combustível” é o que fez com que os deputados, “com medo das redes sociais”, votassem a favor, segundo o Delgado Waldir. “Todo mundo quer a redução do combustível, eu também, mas eu desafio esses deputados a votarem um fundo para reduzir o combustível”, declarou o parlamentar.

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