Depois da aprovação por parte da Câmara Municipal da capital paranaense, a implantação dependerá apenas de uma sanção do prefeito local, Beto Richa, que deve sair em 15 dias. Novo projeto identificará torcedores desde a compra do ingresso até o acesso às arquibancadas      Depois da ‘batalha’ envolvendo torcedores e policiais no jogo Coritiba x Fluminense, no estádio Couto Pereira, na última rodada do Brasileirão Série A, vereadores da capital paranaense se mobilizam em prol de coibir ações semelhantes.

Com um novo Projeto de Lei, aprovado por unanimidade na manhã de hoje (16), torcedores deverão ser identificados desde a compra do ingresso até o acesso às arquibancadas.   Um dos vereadores que participou da formação da ideia, Tico Kuzma, falou – com exclusividade – à Rádio 730, e disse acreditar que a regulamentação vai minimizar a violência nos estádios.

Depois da aprovação por parte da Câmara Municipal da capital paranaense, a implantação da lei dependerá apenas de uma sanção do prefeito local, Beto Richa, que deve sair em 15 dias. Sancionada, os clubes terão três meses, no máximo, para tomar todas as providências.   

Segundo Tico Kuzma, a nova Lei funcionará em duas fases. “Primeira: todo o torcedor, quando for comprar um ingresso, deverá apresentar o documento de identidade e comprovante de endereço. Segunda: os clubes deverão manter um monitoramento nas catracas do estádio. Na hora em que passarem com o bilhete, deve ser fotografado”, detalhou.  

Dessa forma, ainda segundo o vereador, caso o torcedor, dentro do campo, promova tumultos ou brigas, autoridades policiais poderão requisitar as imagens. Assim, as fotos ligariam os brigões ao número do ingresso, que, por sua vez teria dados pessoais e de endereço registrados no cadastro.   “Assim, a polícia pode fazer uma busca na casa dessa pessoa ou enviar um mandado para ela se apresentar na delegacia.

Essa é a intenção do nosso projeto”, defendeu o vereador, que, mesmo reconhecendo que as cenas protagonizadas no estádio Couto Pereira foram lamentáveis, acredita que o fato poderia ter acontecido em qualquer outro estádio do Brasil.   “Infelizmente, o problema aconteceu aqui. Mas essa questão de violência pode acontecer em qualquer cidade brasileira”, disse.