O Congresso Nacional discute, faltando pouco mais de um ano para as eleições 2022, a adoção do distritão dentro da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma eleitoral. A favor da mudança, o deputado federal Glaustin da Fokus (PSC), afirmou em entrevista à Sagres que o distritão impedirá que candidatos com baixa votação sejam eleitos e fará com que os eleitores tenham mais controle sobre a escolha de seus representantes.

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“Quem decide o voto é o eleitor e hoje é uma confusão generalizada, essa junção de partidos, de blocos, onde a pessoa vota no candidato dele e outro que está na mesma chapa é que vai para representar ele. Às vezes, ele não reconhece e não tem compromisso algum com este eleitor”, declarou.

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A proposta do distritão visa alterar o modo como deputados e vereadores são eleitos atualmente. Atualmente, as eleições de vereadores e deputados são feitas de maneira proporcional, ou seja, o partido monta as chapas para atingir um número determinado de votos no geral, pois a definição dos eleitos ocorre de acordo com o quociente eleitoral. Neste caso, mesmo que um candidato tenha muitos votos, ele poderá não ser eleito se a chapa também não tiver uma votação expressiva. Com o distritão, isso muda e os candidatos mais votados ganham as cadeiras nas casas legislativas. A eleição fica semelhante a feita para governadores e presidente.

Uma das preocupações dos agentes políticos, ocorre pela possível perda de força dos partidos, considerando que os candidatos ganhariam mais força individualmente. Por isso, Glaustin explicou que um ajuste foi feito para que haja mais fidelidade partidária. “Por exemplo, se eu falecer, virar secretário, sair do partido, o mandato é do partido. Caso eu fique em 5º lugar nas eleições e o outro candidato do partido fique em 25º, com a minha saída, é ele que assume e não o 6º mais votado”.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: