No entanto, o deputado estadual Mauro Rubem (PT) questionou o equilíbrio entre o recebimento de verbas públicas e a quantidade de atendimentos feitos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O deputado coloca em cheque a terceirização na administração de unidades de saúde.
“90% das despesas são arcadas pelo poder público e não se consegue internar mais do que 20% das vagas encaminhadas do Sistema Único de Saúde. Os demais pacientes atendidos são de convênios ou de outras formas de atendimento que não o da rede”, aponta.
Ele afirmou que alguns pacientes do SUS estão tendo que arcar com as despesas e pagar contas internamente.
“O exemplo que o governo dá do CRER não é um exemplo bom para a sociedade, porque precisamos que 100% dos pacientes atendidos na unidade pública sejam do Sistema Único de Saúde”.
O superintendente executivo do CRER, doutor Sérgio Daher, afirma que mais de 80% dos atendimentos da instituição são feitos a pessoas vindas do SUS, e que o CRER é uma entidade sem fins lucrativos.
“É uma declaração equivocada, já que cerca 90% do nosso atendimento se destina a pacientes do SUS. Somos uma entidade privada sem fins lucrativos”, explica.
O superintendente do CRER ainda explica que o hospital faz atendimentos por convênios e particulares, mas que isso é uma pequena parte das ações realizadas.
O CRER é uma empresa pública com uma administração privada.
A gestão da instituição é atribuída a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir).
De acordo com a própria entidade, em oito anos de funcionamento foram realizados quase cinco milhões de procedimentos, cinco mil cirurgias, além da confecção de 32 mil próteses e 12 mil aparelhos auditivos.