Os três deputados federais eleitos por Goiás, citados na reportagem do jornal Estadão sobre orçamento secreto de R$ 3 bilhões no governo federal, negam qualquer irregularidade no suposto esquema de indicação de gastos por parlamentares. Em posicionamentos oficiais, Lucas Vergílio (SD), Vitor Hugo (PSL) e José Nelto (Podemos), tentam normalizar o pagamento do que chamam de “emendas extras”, fora da cota destinada a todos os parlamentares no orçamento da União.
A reportagem mostrou que o governo federal abria mão da atribuição de indicar gastos e a entregava aos deputados e senadores, principalmente no Ministério de Desenvolvimento Regional e na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), estatal que passou a ter escritório em Goiás em março de 2020. O esquema se assemelha ao investigado na CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, e contraria a Lei Orçamentária e o princípio da impessoalidade nos gastos públicos.
Lucas Vergílio nega que tenha indicado ao colega de partido, Ottaci Nascimento (PR), emendas para compra de máquinas agrícolas para cidade de Padre Bernardo e afirma que as emendas extras não foram atribuídas apenas a parlamentares da base do presidente ou do Centrão, mas também para partidos como PCdoB, PDT e PT.
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Transparência
Já o deputado José Nelto rejeita a existência de um orçamento secreto. “Tudo é público. São emendas extras. Isso é normal. Os parlamentares que trabalham junto aos ministérios indicam o recurso da União para destinação aos municípios”, alega.
Tabela antiga
Já Vitor Hugo, afirma que tudo não passa da indicação corriqueira de emendas de relator-geral (RP9), criadas em 2019, e que os municípios têm autonomia para cadastrar as demandas que serão atendidas pelos ministérios. Sobre a acusação de possível superfaturamento de até 259% no preço de máquinas agrícolas e tratores, o líder do PSL alega que a tabela de valores utilizada pela reportagem é desatualizada.
Xepa da vacina
O vereador Marlon Teixeira (Cidadania) apresentou requerimento ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em que pede ordenamento e regulamentação, pela Prefeitura, em caráter de urgência, da chamada ‘Xepa da Vacina’. A situação é relativa às sobras de doses dos imunizantes contra a covid-19, ao final do dia, nas unidades de saúde. O requerimento teve 19 assinaturas e foi aprovado.
Sugestão
Marlon sugere que seja feito, pela Prefeitura, um cadastro prévio de interessados pela sobra da vacina contra a Covid-19, e que essas pessoas sejam chamadas no dia de aplicação, nos postos de saúde, evitando, assim, o desperdício de doses na Capital.
Produção rural
Produtores rurais estão preocupados e buscam articulação com a Bancada do Boi, contra novos critérios de sustentabilidade que o Banco Central pretende estabelecer para a concessão de crédito rural. O chamado “Bureau Verde” entrou recentemente em consulta pública.
Dificuldades
O deputado federal goiano e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirma que “cada vez que se coloca mais óbices [no processo de concessão de crédito], dificulta-se a chegada a quem faz, os produtores, em especial para os pequenos”.

Restrições
Representantes do setor rural afirmam que as novas regras propostas pelo BC vão discriminar e dividir os agricultores e pecuaristas brasileiros com base em itens subjetivos para avaliar se a atividade é ou não sustentável. O segmento teme aumento de juros do crédito rural e restrições aos financiamentos.
Cortesia
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), visitou ontem nesta o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (MDB), no escritório político dele, no Setor Oeste. Nas redes sociais, Gustavo disse que foi uma visita com “cafezinho” e “paõzinho de queijo” enquanto conversavam sobre “gestão pública, projetos e política”.

História
“Ele aproveitou pra contar um pouco da bela história que tem com a nossa cidade. Inclusive, é de autoria dele o projeto que emancipou Aparecida, lá em 1963. O homem é uma lenda política que transformou o nosso estado”, postou o prefeito. Mendanha ainda afirmou que “falar com o Iris é sempre uma aula de gestão eficiente, administração pública e política séria”.