Apesar de ter vencido os últimos confrontos com o Goiás no Estádio Hailé Pinheiro, o Atlético-GO chega pressionado para o clássico do próximo sábado (27) pela 24º rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. As vitórias sobre o rival na final do Goianão e na classificação na Copa do Brasil, dão esperança para um outro bom resultado na casa esmeraldina, mas não diminuem a pressão sobre o time rubro-negro.

O Dragão vem de eliminação na Copa do Brasil e dois empates consecutivos no Brasileirão. O 0 a 0 com o Botafogo e o 1 a 1 com o Cuiabá, tiraram a possibilidade da equipe de deixar a zona de rebaixamento e asseguraram a vice-lanterna da competição. Segundo o site da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), antes da bola rolar na Serrinha, o risco de descenso para o Atlético-GO é de 67,9%.

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A campanha ruim na “Copa do Mundo” do clube goiano, que é a Série A, colocam em xeque a continuidade do técnico Jorginho no comando do time. Mesmo com o treinador tendo a possibilidade de ter pela primeira vez uma semana aberta para treinamento e com um clássico pela frente, o presidente Adson Batista não garantiu a permanência do profissional e afirmou que “tudo será avaliado”.

Jorginho comandou o Atlético-GO em 26 partidas e tem 46,15% de aproveitamento, com 10 vitórias, 10 derrotas e seis empates. Recentemente, o treinador também esteve na “corda bamba” com uma sequência de seis derrotas consecutivas no torneio e o próprio presidente admitiu que as campanhas na Copa do Brasil e Sul-Americana asseguraram o cargo do comandante. Agora, o técnico terá de superar mais um período turbulento dentro do clube. A expectativa é que a diretoria decida ainda nesta segunda-feira (22) se ele comandará o elenco no próximo final de semana.

Desfalques e semana cheia

Willian Maranhão está suspenso e não enfrenta o Goiás (Foto: Alan Deyvid/ACG)

Depois de muito tempo, o Atlético-GO terá uma semana sem jogos para descansar os atletas com maior minutagem e trabalhar questões específicas durante os treinamentos. Esse tempo vinha sendo desejado pela comissão técnica há alguns dias, já que nos últimos meses o time precisou se dividir entre Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana.

Até por isso, os jogadores ganharam folga nesta segunda-feira (22) e a reapresentação está marcada para às 9h de terça-feira (23). A tendência é que todas as atividades pré-clássico sejam realizadas no período matutino.

Nos treinos, Jorginho precisará trabalhar a parte tática sem contar com o zagueiro Willian Maranhão, o volante Lucas Gazal e o atacante Churín, todos suspensos. O primeiro por ter sido expulso contra o Cuiabá, e os dois últimos pelo acúmulo de cartões amarelos.

Para o ataque a opção é Ricardinho, jogador que assim como o argentino, é centroavante. Contudo, o treinador poderá repetir a estratégia que utilizou no 3 a 0 da Copa do Brasil e colocar em campo um ataque mais leve com Airton, Wellington Rato e Luiz Fernando.

No meio-campo o que deve acontecer é a entrada natural de Gabriel Baralhas. O setor pode, inclusive, ter outra novidade. Depois de sair dos jogos contra Botafogo e Corinthians sentindo dores no tornozelo esquerdo, o meia Jorginho permaneceu em tratamento no departamento médico e não foi relacionado para a última partida. O camisa 10 terá a situação avaliada nos próximos dias.

Na zaga, três alterações devem acontecer: Wanderson retornando no lugar de Lucas Gazal e os laterais Dudu e Jefferson, nas vagas de Hayner e Arthur Henrique, respectivamente.

O que pensa Jorginho?

Independente do time que colocará em campo, Jorginho já sabe que não terá vida fácil contra o Goiás se permanecer no comando do Atlético-GO. O treinador espera o adversário com um estilo de jogo diferente por jogar no Estádio Hailé Pinheiro.

“Por mais que a gente precise do resultado, a responsabilidade maior é deles. Eles vão ter que nos atacar, não acredito que fiquem de uma forma reativa como normalmente é, principalmente fora de casa. Não foi assim no jogo que ganhamos lá e nem na partida aqui, eles acabaram se expondo um pouco mais. Então acredito que será um jogo aberto”, analisou o treinador após o empate com o Cuiabá.