O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 68% no mês de abril. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira (12), 328,71 quilômetros quadrados foram desmatados no mês passado, número bem inferior à média de 455,75 quilômetros quadrados para o período.
O governo federal retomou, em fevereiro, as operações de fiscalização e combate ao desmatamento na Amazônia. Segundo o Ibama, o número de multas por desmatamento e outras infrações na região amazônica aumentou 219% nos primeiros três meses, em relação à média do mesmo período dos quatro anos anteriores.
Em janeiro, o índice de desmatamento na região amazônica também registrou uma expressiva queda: 61%. Nos dois meses seguintes, no entanto, o desmate aumentou. Em fevereiro, o crescimento foi de 7% e, em março, o desmatamento aumentou três vezes em relação ao ano anterior. No início do ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima retomou o plano interministerial de prevenção e controle do desmatamento.
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O número de abril divulgado nesta sexta é o melhor desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder com a promessa de zerar o desmatamento zero até 2030. Os estados com as maiores taxas foram, novamente, Amazonas, Pará e Mato Grosso.
No último dia 5 de maio, durante visita do presidente Lula ao Reino-Unido para a cerimônia de coroação do Rei Charles III, p primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou a liberação de R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia. O principal objetivo do do Fundo é captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.
O Fundo Amazônia também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais. A Amazônia Legal é uma área que reúne nove estados do Brasil pertencentes à bacia Amazônica.
Falta de profissionais
O Ibama afirma que o quadro atual de servidores é insuficiente para a fiscalização ambiental. O órgão federal possui 300 agentes para atuar em crimes ambientais de todo o País. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, explica que o órgão aguarda realização de concurso público para contratação de novos servidores, uma vez que o déficit é de 2.500 profissionais.