Agosto está recheado de eventos preparatórios para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA). Assim, entre os dias 4 e 6, os povos amazônidas vão debater os desafios e as potencialidades da região da floresta amazônica no Diálogos Amazônicos.
O debate é um evento da Secretaria-Geral da Presidência da República em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. Então, estão marcadas cinco plenárias-síntese com três mil pessoas cada. As reuniões darão origem a cinco relatórios que serão apresentados aos presidentes dos países amazônicos presentes durante a Cúpula da Amazônia, que vai ocorrer nos dias 8 e 9 de agosto.
A organização do evento espera assim quase 10 mil pessoas no Diálogos Amazônicos, no Hangar Centro de Convenções e Feiras, em Belém. Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, ressaltou a importância da sociedade para um projeto de governo bem sucedido para a Amazônia.
“Temas como a mudança do clima, como os povos indígenas da Amazônia e uma necessidade de um projeto de inclusão para a região, esse processo de debate acerca da agroecologia e dos trabalhadores que sobrevivem da floresta, a necessidade do combate ao garimpo ilegal. Eu acho que esses temas são temas que têm necessidade de serem debatidos e que com certeza ganharão protagonismo nesse processo.” explicou o ministro.
Diálogos
O Diálogos Amazônicos vai ter discussões com 60 pessoas e com três mil pessoas. A plenária-síntese do primeiro dia vai debater sobre a participação e a proteção dos territórios, dos povos, das florestas e das águas da Amazônia. Além de abordar a erradicação do trabalho escravo no território.
No sábado (5), a plenária-síntese terá o tema “Saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica: ações emergenciais e políticas estruturantes”. O assunto da plenária-síntese do domingo (6), será a “Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional”.
Os temas das plenárias transversais envolvem mulheres, justiça socioambiental e climática. Mas também ciência, tecnologia, inovação e racismo ambiental. Então, os relatórios produzidos podem orientar políticas públicas de desenvolvimento sustentável na Amazônia.
“Estamos certos de que a iniciativa brasileira de ouvir os anseios dos povos da floresta é um marco histórico. E a partir dele, teremos uma nova fase de desenvolvimento para a Amazônia. Um desenvolvimento que atenda aos anseios dos povos que habitam a floresta, quer na beira dos rios, nas aldeias, nas cidades, em cada canto da região” afirmou o ministro.
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