Para a temporada de 2020, com uma nova gestão executiva e a queda para a Série C do Campeonato Brasileiro após quatro anos na segunda divisão nacional, o Vila Nova precisou se adaptar e reformular o elenco de jogadores da equipe profissional. Do grupo do ano passado, somente o goleiro Cleriston e o meia-atacante Alan Mineiro permaneceram no Onésio Brasileiro Alvarenga.

Entre a contratação de novos atletas, o retorno de jogadores emprestados em 2019 e a promoção de jovens das categorias de base, o Vila Nova contou com 33 novidades no seu elenco no primeiro trimestre do ano, sendo dois goleiros, nove defensores, 11 meio-campistas e também 11 atacantes. Desse grupo, 15 atletas já deixaram o clube, o mais recente deles o centroavante Nando.

Romário Policarpo, vereador e presidente da Câmara Municipal de Goiânia, participou na última sexta-feira (19) do programa Toque de Primeira, da Sagres 730, e falou sobre a solicitação à prefeitura para a liberação de eventos esportivos na cidade. Por outro lado, o político também faz parte da gestão do Vila Nova, como diretor de comunicação, e comentou ainda sobre questões ligadas ao clube colorado.

Sobre a saída de Nando, confirmada pelo Vila Nova no momento em que a entrevista acontecia, o dirigente afirmou que “foi em comum acordo. É um grande profissional e atleta, um cara trabalhador e que teve sucesso nos clubes que passou, mas entendemos que o momento era de uma mudança. Contamos com outros atacantes e já observamos também outros nomes para poder compor o elenco do Vila Nova”.

Diante de tantas dispensas e rescisões, questionado por Charlie Pereira sobre como fazer para errar menos nas contratações para o restante da temporada – nessa semana, o clube já anunciou os laterais John Lennon, ex-Juventude-RS, e Igor, ex-Jaraguá, assim como o meia Dudu, também ex-Jaraguá -, Romário Policarpo ponderou que “temos que entender a situação financeira do Vila. Erramos muito, porque apostamos muito”.

“Temos um objetivo muito claro para o ano de 2020: subir para a Série B do Campeonato Brasileiro, então fizemos muitas apostas e montamos um time barato para o Campeonato Goiano. Era esperado mesmo que vários jogadores saíssem, porque essa foi a aposta que o Vila Nova fez para não fazer loucuras. Temos que gastar mesmo naquilo que entendemos que vale o ano do Vila Nova, que é o acesso para a Série B”, destacou.

Para o dirigente, “quando falamos que o Vila errou, e erramos bastante, olhando pela outra ótica do ‘copo meio cheio’ entendo que, na verdade, tivemos muito mais acertos até do que esperávamos ter quando montamos um time tão barato. Nosso fluxo de caixa é para não endividar, e essa é a proposta que o Vila Nova tem, de deixar o time com menos dívidas do quando assumimos e, principalmente, pelo menos de volta à Série B”.

Em razão disso, “não poderíamos montar um time muito caro para o Goiano, então montamos um time barato, que obviamente alguns jogadores não deram certo, mas muitos desses jogadores permanecerão para a disputa do Campeonato Brasileiro. Não foi que planejamos errar, mas planejamos gastar pouco nesse momento para que tivéssemos dinheiro em caixa para poder disputar a Série C de igual para igual com os outros times”.