O prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes (PSD), concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio 730 nesta terça-feira (14). Na oportunidade, o prefeito analisou as manifestações contrárias ao aumento dos preços dos combustíveis em Senador Canedo.

Na manhã de segunda-feira (13), sindicalistas, motoristas de aplicativos e donos de empresas transportadoras bloquearam as entradas de cinco distribuidoras de combustíveis em Senador Canedo, em protesto contra a elevação dos preços da gasolina e do etanol. Os protestos seguem na cidade.

O preço alto dos combustíveis impacta diretamente o trabalho de motoristas de aplicativos, além de prejudicar financeiramente empresas transportadoras. Um dos motivos que podem explicar os aumentos é o valor de referência para o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que em Goiás, subiu de R$3,90 para mais de R$ 4 no início de novembro.

Questionado sobre o assunto, Divino Lemes disse que é preciso entender todos os lados envolvidos, visto que as manifestações têm prejudicado a economia canedense. “O ICMS é a comercialização de mercadorias e o petróleo é uma mercadoria importante para a Grande Goiânia, para o centro-oeste. Nós estamos tendo um prejuízo de por volta de R$ 400 mil por dia com os bloqueios das entradas das distribuidoras”, revela.

Crise hídrica

Nos últimos meses, bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia foram afetados pela falta de água. O mesmo não aconteceu neste ano em Senador Canedo, onde o serviço é municipalizado, prestado pela Agência de Saneamento de Senador Canedo (Sanesc), e independe da Companhia de Saneamento do Estado de Goiás (Saneago).

No entanto, no ano passado a população canedense sofreu com a falta de água e por causa disso o Ministério Público chegou a recomendar a não aprovação de novos loteamentos no município. Ao fazer um balanço da situação hídrica da cidade, Lemes disse que a municipalização foi um acerto. “Nós colocamos o sistema mais ágil para coletar e distribuir. Com uma produção maior, não tivemos grandes problemas. Fui o prefeito que criou a municipalização lá em 1989. Diferente de Goiânia, lá (Senador Canedo) é uma cidade menor, mais fácil de cuidar. Eu tenho um aplicativo aqui que me informa em qual bairro está faltando água”, destaca.

Acompanhe a entrevista completa:

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