A área jurídica da candidata Dra. Cristina registrou junto ao Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal, denúncia contra o Partido Liberal (PL). A alegação é que a legenda teria cometido fraudes na ata de convenção. Cristina tenta viabilizar na justiça a candidatura dela. No entanto, a direção do PL optou por apoiar a chapa de Maguito Vilela (MDB).
“Em nenhum momento houve a deliberação de convencionais para a coligação com outro partido, mas houve inclusive a comemoração de membros da direção do partido que haveria chapa pura, o que houve foi uma fraude, pois apresentou para a Justiça Eleitoral uma ata, baseado em algo que não existiu”, relatou a advogada da vereadora, Nara Bueno.
A advogada pediu a impugnação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) da coligação de Maguito Vilela, formada por vários partidos, inclusive, o PL. Dessa forma, ela solicitou a exclusão do PL da chapa. Como prova, houve a utilização de vídeos da convenção, assim como a transcrição dos atos praticados na atividade.
Nara explicou que o registro de candidatura de Cristina foi feita por meio do Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI). Como a Justiça Eleitoral ainda não julgou os pedidos feitos, por isso aparece como duplicidade no site do Tribunal Superior Eleitoral. Ou seja, a mesma coligação consta para os candidatos Maguito Vilela e Dra Cristina, mas isso é de forma provisória, até que tudo seja analisado.
Quanto a ausência do nome do vice, se deve pelo fato de que após a mudança do quadro político no PL, o então vice de Dra Cristina, coronel Luís Rosa, não está seguro para participação do processo eleitoral, por este motivo, não houve o registro individual, que pode ser feito por substituição.
No último sábado (26), o juiz Wilson da Silva Dias negou a solicitação da defesa de Dra Cristina para nulidade da ata da convenção, onde não consta o nome da vereadora como candidata a prefeita, mesmo existindo vídeos que registram o lançamento.
PL
Sobre as acusações contra o diretório municipal, o presidente da comissão provisória do PL, Valdery Júnior explicou a reportagem que se posicionaria após a entrevista de Dra Cristina, mas não respondeu após a apresentação das informações. Já a deputada Magda chegou a responder Cristina, logo após a convenção do PL, destacando que a decisão é do presidente estadual do partido e que a candidatura foi inviabilizada por falta apoio interno e externo. O presidente do PL, Flávio Canedo, esposo da deputada argumentou que não houve traição e que Dra Cristina não conseguiu se viabilizar.
Campanha
A candidata Dra Cristina destacou que desde o dia 17 vem trabalhando na parte jurídica, mas que agora tudo ficará com a advogada Nara Bueno e equipe. Ela relatou que agora já iniciou campanha, a partir do pedido de registro em análise. Dra Cristina disse já está em atividade, mas não pode fazer gastos, por exemplo, impulsionamento na internet por não ter CNPJ formalizado até o momento.
“Já iniciamos, contamos para a pessoa o que vivi, a minha situação pelo partido, e iniciamos as campanhas nas redes sociais, eu não posso impulsionar, não posso gerar nenhuma despesa, mas temos feito reuniões por zoom e outras plataformas que nos permitem essa aproximação”, afirmou.
Fundo Eleitoral
A advogada eleitoralista Nara Bueno explicou que o Fundo Partidário é uma definição do partido. Ela relatou que no caso do PL, a previsão de repasse dos recursos está no estatuto do partido. A distribuição é feita pela cúpula nacional, que destina a verba para os diretórios estaduais, que em seguida faz o encaminhamento para os diretórios municipais.
Nara Bueno não acredita que o PL possa liberar recursos para a campanha de Dra Cristina na capital. “Por conta disso, a chance de conseguirmos recursos para vir para a campanha da Dra Cristina são quase nulos, mas estamos lutando para pedir isso, como a principal cidade do estado, não tem nenhum apoio do partido?”, argumenta a advogada.