Desde 2009, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra em 18 de julho o Mandela Day, o Dia Internacional Nelson Mandela. A data faz referência ao aniversário do homem que se tornou um líder dos direitos igualitários entre as pessoas na África do Sul. Para o doutor em sociologia, Edergênio Negreiros Vieira, é um dia para comemorar o legado de uma pessoa que lutou pela justiça.

Assista à reportagem de Palloma Rabêllo:

“Celebrar o Mandela Day é celebrar uma luta por justiça social e racial. É impossível falar de democracia num país que não promove a justiça social entre seus concidadãos”, afirmou.

Nelson Mandela (1918-2013) foi um dos mais importantes líderes humanitários da África do Sul e do mundo. Durante sua vida lutou pela libertação do povo negro do país do Apartheid, um regime de segregação racial que separava espaços e que dividia a população em grupos raciais.

Edergênio Negreiros Vieira, doutor em sociologia (Foto: Reprodução Sagres TV)

“Esse regime de segregação racial encarcerou muitas pessoas, mas em especial o Nelson Mandela. Ele ficou preso durante 27 anos, período em que eles lutavam por uma independência, por uma não segregação de uma população majoritariamente composta por pessoas negras”, explicou Vieira.

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Mandela foi preso pela primeira vez em 1956 acusado de conspiração. E em 1964 chegou a ser condenado à prisão perpétua. Todavia, sua luta reverberou não só na África do Sul, mas em todo o mundo. Nelson Mandela inspira desde a década de 90 o assessor parlamentar, Leandro Dias Barbosa.

“O Mandela me ajudou muito a me reconhecer enquanto uma pessoa forte”, disse. “Um homem que ficou mais de 20 anos preso, que poderia ter negociado a sua liberdade e não aceitou. Ele quis negociar a liberdade de todo um povo e uma nação”, pontuou Barbosa.

O legado de Mandela

Leandro é pai de Estevão Mandela. O menino de 12 anos já reconhece a força do nome que recebeu. “Eu conheço um pouco da história do Mandela. Foi um homem muito forte, um homem guerreiro e que lutou muito pela liberdade do povo negro. E me inspira muito hoje”, contou Estevão Mandela.

Nelson Mandela foi o vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1993, por sua luta pelos direitos humanos e fim da segregação racial e contribuição para a transição do país a democracia. No ano seguinte, 1994, foi eleito o primeiro presidente democrático da África do Sul. 

O doutor em sociologia,  Edergênio Negreiros Vieira, enalteceu a contribuição de Mandela na presidência do país. “Ao invés de promover um chamado revanchismo racial ele fez um governo de conciliação dos grupos raciais na África do Sul”, lembrou.

O brasileiro Leandro Dias Barbosa se mostrou um grande admirador de Nelson Mandela. Para ele, o maior aprendizado que teve com a vida e história do líder humanitário africano é a persistência.

“O principal legado que eu carrego é que vale a pena insistir e persistir pela liberdade do nosso povo”, disse Leandro.

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