Ecival Martins (Foto: Nathália Freitas/Sagres On)

“Me afastei porque acho que um ex – presidente deve ter uma conduta desta forma. Nunca fui de ficar dando palpite no Vila Nova antes de ser presidente e nem agora. Tenho certeza que a diretoria que está lá, o Hugo, está fazendo o máximo que pode dentro da realidade do clube”. Assim o ex – presidente do Vila Nova, Ecival Martins, revelou como tem se comportado diante da gestão da nova diretoria colorada, comandada por Hugo Jorge Bravo.

Marcado pelo rebaixamento para a Série C no ano passado, Ecival, que nos dois anos anteriores (2017 e 2018), quase viu o Vila Nova subir para a Série A, salientou que Hugo Jorge Bravo precisa contar com a paciência de todos, dentro e fora do clube, para que consiga vencer como presidente.

“O Vila Nova sempre foi muito difícil e tem uma torcida que cobra muito. Infelizmente a gente não vem tendo conquistas nos últimos anos e isso afastou muito o torcedor, mas tenho certeza que ali tem muita gente séria e competente e as pessoas devem ter paciência com o presidente. Ser presidente do Vila Nova é uma missão muito difícil, sobretudo pelo lado pessoal. Fico imaginando como está a cabeça dele. Imagina o Vila Nova, que antes desta pandemia já sofria com problemas terríveis”.

Como presidente, Ecival Martins nunca escondeu seus problemas com o conselho deliberativo. Nesta entrevista concedida para a Rádio Sagres 730, voltou a criticar e cobrar os conselheiros colorados.

“Repito: o conselho do Vila é o grande problema e precisa parar de complicar a vida e ajudar a diretoria e neste momento terá um papel muito grande de sustentação para ajudar a tocar o Vila sob o ponto de vista financeiro. Não é fácil, tô acompanhando e torcendo dentro da minha realidade, sem dar palpite, mas vejo com muita preocupação não só a situação do Vila Nova, mas de outros clubes também”.

Venda dos direitos internacionais

Na última sexta – feira (17), os clubes da Série A definiram a venda dos direitos de transmissão para fora do Brasil. Um pool de empresas vai pagar U$ 40 milhões por um contrato de quatro anos, onde as equipes das Séries B e C também receberão uma quantia no período. Segundo Ecival Martins, uma conquista que teve sua participação, após ser o representante dos clubes das divisões inferiores junto à CBF quando era presidente do Vila Nova.

“Tive apoio do presidente Petraglia (Márcio Celso, do Atlhetico), do presidente do América de Minas, do então presidente Wagner de Sá, do Cruzeiro, depois busquei apoio também do próprios dirigentes do Flamengo, Vasco e Botafogo, então foram vários presidentes que se sensibilizaram com a situação. Então, com o bom relacionamento que tínhamos na CBF, com o próprio Walter Feldman e até o presidente, conversamos neste sentido”, lembra Ecival Martins, que deu mais detalhes sobre articulação feita para que a divisão atingisse mais clubes.  

“A gente viu essa oportunidade e mostramos aos clubes da Série A. Como o futebol tem acessos e rebaixamentos, um clube que pode estar na Série C, em dois anos pode chegar na Série A, que é o caso do Bragantino. Pensando nisso, foi que argumentei para que o pessoal pudesse entender. O futebol existe nos quatro cantos do Brasil e deve ser nutrido como um coração que bombeia o sangue para qualquer lugar”, finalizou Ecival, que inclusive defendeu que os clubes da Série D também participassem da divisão do dinheiro, algo que não vai acontecer.

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