(Raimundo Queiroz)

Com muita história pra contar, Raimundo Queiroz foi presidente do Goiás em dois mandatos: 2003/04 e 2005/06. É o presidente que levou o Goiás para a Libertadores após a melhor campanha do time esmeraldino em Campeonatos Brasileiros: o 3º lugar em 2005.

No Goiás Esporte Clube, Raimundo traçou praticamente o caminho de um jogador de futebol: começou como diretor das categorias de base até chegar ao cargo de diretor de futebol profissional. Depois disso, foi eleito presidente.

Ainda lembrado nas ruas pelos torcedores esmeraldinos, como ele próprio cita em uma de suas respostas, Raimundo Queiroz respondeu a duas perguntas do comentarista Charlie Pereira, da Sagres 730. Na primeira, fez resumão do que foi sua passagem como presidente.

“Se fosse hoje, nós poderíamos ter participado por quatro anos da Libertadores”, disse Raimundo, já que a sua pior campanha foi um 9º lugar em 2003, fazendo uma comparação com os moldes atuais de classificação.

Charlie Pereira – Você assume o Goiás como presidente em 2003. O que o clube representava?

Raimundo Queiroz – Quando eu assumi o Goiás como presidente, já era uma grande estrutura, já tinha um grande time de futebol, e de tudo isso eu também participei, ajudando, colaborando, com outras pessoas que também fizeram do Goiás um grande time no passado. Quando eu assumi, a gente procurou fazer coisas novas e tornar o Goiás o maior possível. A grande preocupação era montar uma grande equipe e eu fui muito feliz, porque a gente tomou algumas providências de obras no clube durantes quatro anos de mandato. Diante disso, nós demos um avanço muito grande na parte de documentação e regularização das coisas. Criamos um departamento de contabilidade dentro do clube, com auditoria todos os meses. Eu tive uma dificuldade muito grande, quando recebi o Goiás do meu antecessor, já que o clube ainda tinha um passivo muito grande. A minha ideia era fazer tudo o que se fazia necessário e entregar o clube com um passivo diminuto, e foi o que aconteceu, algo em torno de R$ 1,2 milhão. Uma outra coisa importante, foi a estruturação de um time muito grande, tanto que entre 2003 e 2006, tivemos resultados grandes no Brasileiro. O nosso pior desempenho foi um 9º colocado, enquanto o melhor foi o 3º, que nos levou para a Libertadores. Se fosse hoje, nós teríamos participado por quatro anos da Libertadores. Com muita organização e grandeza, o nome do Goiás passou a ser falado com muita euforia por todo Brasil e o estádio vivia sempre cheio. Quero aproveitar aqueles que me antecederam, em especial, dois nomes: um já falecido, o doutor Ruarc Douglas Ferreira e também o presidente Rubens Brandão. Foi ele que comprou a área do CT do Parque Anhanguera, que começou a construção do estádio e que conseguiu a doação da área do Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. Todos foram grandes e deram sustentação ao Goiás na Série A.

Charlie Pereira – Qual foi seu principal momento no Goiás?

Raimundo Queiroz – Na verdade tive muitos bons momentos nos Goiás. Eu e o clube temos uma afinidade muito grande, já que faço aniversário no dia 4 de abril e o clube no dia 6. Tem uma ligação de vida muito grande do Goiás Esporte Clube com Raimundo Queiroz. Eu realmente teria muita dificuldade para responder essa perguntas, tanto, que faz 12 anos que deixei o Goiás e até sou lembrado por todos os lugares que vou e também citado na mídia, mas um feito que me deixou muito feliz, foi a classificação para a Libertadores.

Confira a entrevista

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