Com a definição do resultado do 2º turno no Brasil, quase que imediatamente as principais lideranças mundiais enviaram seus cumprimentos ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A eleição do petista teve forte repercussão na Europa e na imprensa internacional.

Assista à análise na íntegra:

O jornal francês Le Monde, na terça-feira (1º), afirmou que a vitória de Lula é vista como “um alívio planetário”. A imprensa internacional repercutiu a vitória de Lula e a considerou um resgate da democracia na maior economia da América Latina.

O Suddeutsche Zeitung, da Alemanha, destacou que em um cenário de eleição apertada e questionamentos sobre o sistema eleitoral, o presidente Bolsonaro deixou em dúvida se reconheceria o resultado.

Já o veículo britânico The Guardian afirmou que Lula surpreendeu ao vencer a extrema direita em uma das eleições mais árduas da história do país. O Editorial do espanhol El País destacou o fato da coligação comandada pelo PT obter 13,3 milhões de votos a mais do que em 2018, enquanto Jair Bolsonaro contou com apenas 401.000 votos a mais do que nas eleições passadas.

“O editorial do El País afirmou ainda que o governo de extrema-direita de Bolsonaro, em sua constante e perigosa polarização, deteriorou a qualidade democrática da maior economia da América Latina. O desprezo por instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, os constantes ataques às mulheres e minorias e a defesa do uso de armas por parte do presidente puseram em risco a coexistência de 214 milhões de habitantes. Cabe agora a Lula recuperar os valores perdidos e superar uma divisão que, como mostram as eleições, é profunda e tem a capacidade de causar um curto-circuito em suas futuras políticas. Os cumprimentos das principais lideranças internacionais, pela vitória de Lula, foram unânimes em propor parceria e colaboração”, destacou o historiador e professor de geopolítica, Norberto Salomão.

O presidente eleito Lula ainda foi convidado a integrar comitiva do governador do Pará, em nome do consórcio de governadores da Amazônia Legal, para participar da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas de 2022, o Cop-27.

“O governo Bolsonaro já se organizava para participar da conferência. O plano até então era de realizar uma exposição com três pavilhões, no qual o Brasil estaria representado pelo governo federal, a sociedade civil e, em uma iniciativa inédita, os governadores amazônicos. Particularmente, entendo que a presença de Lula em um evento internacional desse porte, antes de ter tomado posse, não é de bom tom e pode gerar melindres em um  ambiente de transição tão tenso”, opinou Norberto Salomão.

Confira a análise completa no link acima.

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