Eleições 2022: Após convenções, desistências de candidatos ainda podem movimentar chapas

As convenções partidárias foram realizadas na última sexta-feira (5), com a confirmação das coligações e candidatos nestas eleições de 2022. Em entrevista à Sagres, o especialista em direito eleitoral e professor Alexandre Azevedo contou que o evento é a data limite para que os partidos fechem as coligações, mas, em relação às candidaturas, ainda há possibilidades de mudança. “Algumas alterações podem ser feitas, como quando um candidato desiste, que ele pode ser substituído”.

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O especialista alertou, porém, que caso essa desistência seja de uma candidata mulher, o partido deve manter os 30% de candidaturas femininas exigidas por lei. Ou seja, para a porcentagem não ficar abaixo, pode ser que uma outra mulher precise ser chamada para a vaga. “A substituição de candidatos pode ocorrer até 20 dias antes da eleição”.

Candidatos ao Senado também podem desistir e serem substituídos. Mas vale ressaltar que como o prazo limite para as coligações é a data das convenções, caso determinado candidato deixe as eleições e não tenha substituto, a coligação fechada para a disputa será prejudicada. Além disso, caso o político tenha se colocado na disputa com uma candidatura isolada até a data das convenções, ele não poderá participar de uma coligação posteriormente.

Especialista em direito eleitoral Alexandre Azevedo, em entrevista à Sagres, nesta segunda-feira (8)

Outro ponto importante após as convenções, é que agora os escolhidos pelos partidos já podem se declarar candidatos e já possuem os números para serem votados. No entanto, até o início da campanha, em 16 de agosto, eles ainda não podem pedir votos. “Esse prazo de agora serve para formalizar algumas situações burocráticas. Para produzir o conteúdo dele e soltar a partir do dia 16 no rádio, televisão ou redes sociais”.

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