A vitória diante do Bragantino agitou os bastidores do estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. Depois da conquista dos três pontos, os jogadores esperavam a quitação de pelo menos uma folha de salários atrasados, fato que não aconteceu. Sem dinheiro em mãos, o elenco se reuniu, conversou com Roni e Tim e depois apresentou a situação ao técnico Wladimir Araújo. No primeiro momento houve a informação de ameaça de não treinar e caso não houvesse o pagamento até segunda, não iriam viajar para Varginha-MG. As duas últimas foram negadas pelo capitão Radamés em entrevista a Rádio 730.
Os jogadores aguardaram a resposta do então dirigente que sonha em ser uma espécie de “Hailé Pinheiro” do Vila Nova. José Eduardo Vilela avisou que não há dinheiro, não tem de onde tirar e que não há previsão de pagamento. Ou seja, jogadores vão terminar o campeonato sem saber se vão receber em 2014.
A falta de respeito dentro do clube é incrível: Jogadores que vão para o departamento médico não recebem, por isso o atraso para alguns atletas de mais de 4 meses; jogadores são obrigados a entrar na justiça por falta de acordo; os funcionários ligados ao futebol (comissão técnica e gerência) estão no mesmo barco sem a menor perspectiva de recebimento; a base se levanta na precariedade oferecida por esta diretoria. Tenho absoluta certeza que o funcionário na empresa deles, mesmo que sem o rendimento esperado, recebem todos os direitos até serem liberados.
Tudo para o Vila é mais difícil? Nada. O Vila só colhe aquilo que planta. Nada além disso…
Zé Eduardo, Leonardo Rizzo, Newton Ferreira, Carlos Alberto Barros e outros que tentaram um dia ajudar o grupo que só aceitava apoio, sugestão e convivência com quem botasse dinheiro, conseguiram com grande eficiência e competência seguir o trabalho iniciado por Eduardo Barbosa e Marcos Martinez. O Vila nas mãos deles não evoluiu em patrimônio, não ganhou nada, acumulou fracassos, recordes negativos e rebaixamentos, perdeu jogadores por falta de pagamento e a produção de novos talentos desacelerou. O clube virou chacota nacional e nas redes sociais e cresceu de forma exponencial no número de ações que já chegam a casa de 150 – número atualizado em setembro.
Por fim, usaram dois ídolos da história colorada, dois jogadores com amor o clube, Roni e Tim, como parachoque tentando fugir das críticas, das entrevistas e do torcedor. Mas este jamais vai esquecer da cara de quem mais uma vez afundou o clube.
Segue abaixo o texto da carta dos jogadores:
“A carta dos jogadores,
Os profissionais do Vila Nova Futebol Clube informam, por meio desta, aos meios de comunicação e torcedores do clube, a real situação em que os funcionários e atletas se encontram na presente data.
Estamos com os vencimentos mensais em atraso por 2 meses e 10 dias (agosto e setembro). Temos a informar também que há atletas com os seus vencimentos a 4 meses atrasados.
Nós atletas, sempre profissionais, nunca deixamos de cumprir os nossos deveres de treinamentos, concentrações, viagens e jogos. Sempre honramos essa camisa mesmo com toda essa dificuldade, em respeito a instituição e a torcida.
Hoje 9 de outubro de 2014, tornamos pública a nossa dificuldade em cumprir nossos deveres, como aluguel, escola, contas diversas e até mesmo alimentação de nossos familiares, pois somos provedores de renda e estamos sem respaldo.”
Devido a propaganda eleitoral gratuita e obrigatória, o programa FUTEBOL DE GOIAYZ E SUAS HISTÓRIAS vai ao ar neste domingo, a partir das 8h. Na edição deste domingo, vamos relembrar a história de Tomaz de Aquino Gonçalves, Tomazinho, técnico dos 4 times da capital.