Um dos resultados da 16° Convenção sobre Diversidade Biológica (COP da Biodiversidade), em Cali, na Colômbia, é a criação de um órgão para atender povos indígenas e quilombolas. A decisão inédita recebeu apoio de quase 200 países para a criação do órgão subsidiário global de aconselhamento no processo decisório sobre biodiversidade.
A diretora do departamento de meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Maria Angélica Ikeda, comemorou o resultado das negociações. “Adotamos uma decisão histórica e inédita que finalmente tira da invisibilidade as comunidades afrodescendentes que, com seus costumes, nos ajudam tanto a preservar a biodiversidade e a natureza, os bosques, os rios, e tudo aquilo de que dependemos”.
A COP da Biodiversidade ocorre a cada dois anos para que os países signatários das Nações Unidas discutam a diversidade biológica do mundo. Assim, o encontro criado na conferência ECO92, no Rio de Janeiro, é um tratado internacional que trata da conservação e uso sustentável da biodiversidade de forma justa e equitativa.
O órgão indígena e quilombola será permanente. A partir da criação, então, se juntará a dois órgãos subsidiários no assessoramento científico e técnico sobre os elementos de negociação das COPs da Biodiversidade.
*Com Agência Brasil
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes.
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