O Atlético Goianiense conheceu nesta sexta-feira (9) seus primeiros adversários na Copa Sul-Americana. Classificado pela segunda vez para o torneio, o rubro-negro não terá vida fácil para avançar de fase. Sorteado para o Grupo F, terá pela frente confrontos contra o Newll’s Old Boys/ARG, Palestino/CHI e o perdedor de Libertad/PAR e Atlético Nacional/COL que disputam uma vaga na Libertadores.

Diferente de edições anteriores, desta vez a competição permite os clubes a disputarem pelo menos seis partidas, com as equipes se enfrentando dentro de seus grupos em jogos de ida e volta e apenas o líder de cada chave se classificando.

“Esperamos ser ousados e fazer uma grande competição. São jogos contra equipes que jogam de uma maneira totalmente diferente, jogam com muita força de marcação e intensidade. Mas nós temos que nos adaptar e agradecer a oportunidade de onde nós viemos, estar chegando num momento tão importante. Uma competição como a Libertadores, com equipes renomadas e isso valorizará muito a marca do Atlético-GO”, analisou o presidente Adson Batista à Sagres.

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Mais preparado e estruturado, o Atlético-GO chega para disputar a Sul-Americana em sua melhor fase. Por isso a ansiedade para estrear logo, independente de quem será o primeiro oponente.

“Na realidade estamos ansiosos para enfrentar todos porque é histórico para nós. Por mais que disputamos em 2012, que foi algo fantástico onde o Atlético-GO se internacionalizou, agora mostra que o futebol goiano está crescendo e o Atlético também. Todo jogo vai ser importante, estamos aguardando a tabela e esperamos surpreendê-los com um bom futebol, um time corajoso e competitivo que represente bem o nosso país e o nosso estado”, disse.

Com seis partidas garantidas -que serão disputadas entre os dias 20 de abril e 27 e maio-, o clube goiano irá embolsar 900 mil dólares (R$ 5,1 milhões) como premiação. A quantia, no entanto, terá que ser usada para bancar as despesas com logística que segundo o dirigente, serão grandes.

“É uma competição muito cara. Nós tivemos a informação que a Conmebol vai exigir fretamento de voos, então esse dinheiro ficará praticamente nesse torneio. Um voo fretado daqui para a Argentina é um absurdo, ainda tem hotel e toda logística, que não ficará em nenhum momento barata. Então não vai ser uma competição lucrativa, mas o mais importante é um time como o Atlético-GO disputar a Sul-Americana que com esses moldes, dará uma visibilidade muito importante”, afirmou Adson que ainda revelou que um voo fretado do Brasil para Argentina custa em torno de R$ 400mil.

O presidente executivo do Dragão também comentou a entrevista de Jovair Arantes à Sagres, na qual o dirigente diz sonha com o clube disputando uma final de Copa Sul-Americana. Mais cauteloso, Adson Batista ressaltou que ainda está em busca de um zagueiro experiente, meio-campistas e centroavante para reforçar o elenco.

“A nossa esperança é conseguir fazer uma grande competição, a gente sempre trabalhando pensando no melhor. Mas eu sou mais ‘pé no chão’, temos que saber da nossa realidade. Precisamos ser ousados, corajosos, mas em cada grupo classifica apenas um clube, então não podemos prometer as coisas por no futebol o céu e o inferno são bem próximos. É um sonho, nós queremos, entretanto vamos enfrentar clubes mais preparados e experientes nesta competição. Espero que possamos superar tudo, mas não será fácil”, frisou.

Ouça na íntegra a entrevista de Adson Batista à Sagres: