(Foto: Divulgação)
Na primeira reunião do Comitê Estadual Socioeconômico de Enfrentamento ao Coronavírus – Covid 19, realizada nesta segunda-feira (14), o Fórum Empresarial propôs ao governo a retomada das atividades econômicas a partir deste domingo (19), quando vence o atual decreto de isolamento social em Goiás, com regras de higienização e de segurança para todas as lojas e indústrias do Estado. “Não queremos só abrir portas”, disse o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, em entrevista à Sagres 730 nesta terça-feira (15).
Baiocchi explicou que cada seguimento apresentou propostas de reabertura com segurança, e foi apresentado ma reunião do Comitê de Enfrentamento. “Apresentamos uma proposta de reabertura das atividades econômicas de uma forma geral, comércio, industria, serviços e turismo, onde haja obrigatoriedade para todas atividades, sem exceção, de seguir regras de segurança que hoje não estão sendo seguidas”, disse.
O Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus foi criado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) em 6 de abril e é integrado por membros dos setores público (o governador e boa parte dos secretários) e privado, comunidade científica e médica com objetivo de propor ações e acompanhar as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus nas áreas econômica e social.
O presidente da Fecomércio ressaltou que o Fórum Empresarial está “efetivamente” propondo ao governo do Estado, que empresários sejam “parceiros na fiscalização e instrumentos de controle da não-contaminação” e pontuou quer antes reivindicavam apenas a abertura. “Hoje a gente busca abertura, mas com responsabilidade e mais segurança”.
O Fórum Empresarial solicitou ao governo a inclusão no comitê das Federações da Indústrias e da Agricultura (Fieg e Faeg), além da Fecomércio no comitê. Mas segundo Baiocchi, as duas entidades não participaram da reunião de ontem, porque ainda não foi publicado o Diário Oficial com as mudanças.
De acordo com Marcelo Baiocchi, a reunião de ontem decidiu criar um e-mail para receber todas as sugestões para serem discutidas na próxima reunião, que ainda não foi marcada, mas que deve ocorrer nos próximos dias. O presidente da Fecomércio afirma que os empresários terão de fazer investimentos em álcool gel e outras ações de higienização de controle de pessoas. “Vai ter custo, mas o maior custo é ficar fechado”, disse.
O empresário afirma que o Estado não pode tratar desiguais de forma desiguais. “Não dá para comparar Goiânia como Anhanguera e ter a mesma medida para cidades desiguais. Não pode tratar loja de 1 mil metros quadrados em Goiânia com o armazém do seu Antônio em Anhanguera”, disse. “Precisamos criar critérios onde trate os desiguais de forma desigual e faça regras que cada município, dependendo de como está o tratamento da doença dentro do município, tenha uma flexibilidade de abertura ou não”.
Baiocchi sugeriu ainda que, as medidas de higienização devem ser iguais para todos os municípios. “Todos os empresários deverão fornecer máscaras, fornecer álcool, os que necessitarem devem ter uma pia com sabão e água para lavar a mão fora do estabelecimento, todos vão ter que fazer higienização, todos têm que manter o ambiente aberto e ventilado, limpar ar condicionado, e assim uma série de regras de nós estamos sugerindo, vai gerar custo para o empresário, mas o custo maior é estar fechado”.
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