Pré-candidados a prefeitura de Goiânia divergem sobre o adiamento ou não das eleições (Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

Os transtornos causados pelo Coronavírus são inúmeros. Isolamento social, cancelamento de eventos, crise econômica e sobrecarga na saúde.  Além disso, há seis meses das eleições municipais, marcadas para outubro, a pergunta que surge é se existe clima para a realização do pleito eleitoral.

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Sobre o assunto, a reportagem da Sagres 730 conversou com vários dos pré-candidatos à prefeitura de Goiânia e as respostas são variadas. A deputada estadual Adriana Accorsi (PT) acredita no adiamento das eleições, mas defende que essa discussão não é prioridade no momento.

“Acredito que a prioridade deve ser a proteção a vida das pessoas nessa pandemia. Mais a frente, de acordo com o desenrolar dos acontecimentos, devamos decidir se haverá ou não eleições este ano”, defende Adriana Accorsi.

Da mesma forma, a vereadora Cristina Lopes (PL) também é favorável a mudança de data para este ano ou 2021. “Sou favorável a alteração do calendário eleitoral visto que não há ambiente no meio de uma pandemia desse tamanho”.

O deputado federal, Elias Vaz (PSB), também pré-candidato, tem se mostrado favorável a ideia e defende que a prioridade é a pandemia e que o fundo eleitoral deve ser revertido para o combate ao vírus.

“Pela consequência da pandemia, vai ser impossível organizar as convenções. Nós teremos todo um comprometimento do processo eleitoral em si. Se mudarmos para o ano que vem, permitiremos que o fundo eleitoral e o gasto que teríamos com o próprio Tribunal Superior Eleitoral, fosse gasto no combate ao coronavírus. São quase 4 bilhões de reais, somando os 2 bilhões do fundo partidário mais os recursos que nós teríamos destinado ao próprio Tribunal Superior Eleitoral”, destaca.

Por outro lado, alguns pré-candidatos ainda não estão convictos sobre a possibilidade de uma mudança no calendário eleitoral. O deputado estadual, Tales Barreto (PSDB), diz que alguns cuidados devem ser tomados e que é necessário aguardar o período eleitoral.

“Temos que tomar alguns cuidados porque não podemos ferir os princípios constitucionais que as eleições têm que acontecer este ano. E mesmo que possa prorrogar de outubro para novembro, e acontecendo o segundo turno em dezembro, a gente vai estar trabalhando na expectativa das eleições acontecerem este ano” explica Tales Barreto.

Com discurso semelhante ao de Tales Barreto, o deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania), disse que seu partido também trabalha com a possibilidade de as eleições municipais serem realizadas ainda este ano.

“Caso haja a prorrogação das eleições, possivelmente isso deva acontecer ainda este ano, até dezembro. Mas com a plena consciência de que isso precisa passar também pelo congresso nacional. Não pode ser só uma alteração feita pela justiça eleitoral”, destaca Virmondes.

Enquanto Virmondes Cruvinel cogita a realização das eleições municipais em 2020, o deputado federal Francisco Junior (PSD), afirma que não é hora de tratar do assunto. “Está cedo para avaliarmos as variáveis para saber se vai acontecer isso ou não. E se adiar, eu penso que adia para dentro deste mesmo ano, que é o mais viável”, pontua.

Vale lembrar que Francisco Junior ainda vive uma indefinição sobre quem será o pré-candidato do PSD a prefeitura de Goiânia, ele ou o senador Vanderlan Cardoso.

Em entrevista à Sagres 730, o prefeito Iris Rezende, que não se declara pré-candidato, disse que evitado tratar publicamente do assunto eleições. “Toda vez que alguém me aborda a respeito de eleição, eu tenho respondido que não tenho o direito de me preocupar com eleição, uma vez que estou em pleno mandato e quero realizar neste ano tudo aquilo que eu prometi para a população de Goiânia quando me candidatei”.

Por conta do coronavírus a atuação dos pré-candidatos tem sido discreta, mas os partidos se movimentam, afinal, as datas das eleições municipais seguem mantidas para os dias 04 de outubro no primeiro turno e, em caso de necessidade de um segundo turno, para o dia 25 do mesmo mês.

*Reportagem de Rafael Bessa

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