O educ.AI, um projeto desenvolvido por estudantes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, está sendo usado na gestão da educação básica. Reconhecido na Brazil Conference, um evento promovido por alunos brasileiros de Harvard e MIT, este projeto visa otimizar a administração escolar pública para impulsionar o desempenho dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Yasmim Feitosa – Foto: Linkedin

Yasmin Feitosa e Giovana Dovich, fundadoras do educ.AI e experientes no contexto do ensino público, identificaram a necessidade de uma ferramenta que auxilie as escolas públicas a gerenciar seus recursos de forma eficiente. Utilizando duas bases de dados abertas ao público – uma do Ministério da Educação e outra do Censo das Escolas da Educação Básica do Brasil – o educ.AI realiza análises detalhadas para compreender as especificidades que impactam o desempenho dos alunos.

Ao considerar informações como estrutura escolar, número de professores, acessibilidade e transporte, o educ.AI oferece insights valiosos para aprimorar a eficácia da gestão educacional. O uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina possibilita uma análise precisa e abrangente, automatizando um processo que, de outra forma, seria extremamente complexo e demorado.

Como destacado por Yasmin, essa abordagem permite que o sistema evolua continuamente, garantindo conclusões cada vez mais precisas e úteis para aprimorar o sistema educacional brasileiro.

Potencial de melhoria

Giovana Dovich – Foto: Poli/USP

O projeto busca, em suma, apontar um principal potencial de melhoria nas escolas. Como comenta Yasmin, o educ.AI procura “entender o impacto de cada característica da escola; quais são as prioridades e quais investimentos vão ter o melhor retorno e o desempenho dos estudantes de cada escola pública”.

A partir disso, as escolas poderão se planejar com base em dados e maximizar os retornos dos investimentos, fazendo o melhor uso possível do orçamento público. A meta a longo prazo, como afirma Yasmin, é “diminuir a discrepância que existe entre ensino público e privado, tornar a universidade cada vez mais acessível para pessoas que estudaram a vida toda em escola pública”.

O uso de inteligência artificial, do ponto de vista delas, é um caminho com grande potencial para atingir esses objetivos. Giovana afirma que “não tem como frear a inteligência artificial agora”, se referindo aos impactos inevitáveis e cada vez maiores que essa ferramenta terá. O educ.AI, então, quer “utilizar essa tecnologia da melhor maneira possível”.

*Com informações do Jornal da USP

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade

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