A gente não vive sozinho nesse mundo e, por isso, é importante que cada um de nós tenhamos atitudes sustentáveis para deixar um futuro melhor para as próximas gerações. As empresas também têm discutido formas de diminuir os impactos ambientais, por meio das práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas como ESG, que significa Environmental, social, and corporate governance. Em português, a sigla quer dizer: ambiental, social e governança.

Confira a reportagem na íntegra:

“O ESG veio para dizer que a sustentabilidade não pode ser apenas um setor dentro de uma empresa, dentro de um órgão. O ESG veio para dizer que a sustentabilidade tem que estar incrustada em todos os setores. Todo mundo tem que praticar a sustentabilidade”, afirma Paula Moletta, engenheira sanitarista e ambiental.

Uma empresa de aluguel de carros conseguiu, por meio das práticas ambientais, sociais e de governança, diminuir o consumo de água na higienização dos carros. Agora a limpeza é feita seco. Com essa iniciativa, a locadora reduziu o consumo de água de 30 litros para apenas 300 ml. A iniciativa também ajuda a controlar os resíduos e efluentes, que são coletados e tratados.

“E a gente entende que depois de mensurar, na prática, você deve ter ações concretas para a redução dessas emissões de gases. Isso, na empresa, é prioridade. A gente busca soluções a curto, médio e longo prazo, sempre pautados na ciência”, ressalta Emerson Gomes, membro do Comitê de Sustentabilidade da locadora.

Para Paula Moletta, outro ponto importante da ESG está relacionado ao bem-estar dos colaboradores. “Como seu colaborador está dentro da empresa, se o bem-estar dele está ok, se ele tem todos os benefícios, como a empresa se comporta quanto à igualdade, se mulheres e homens no mesmo cargo ganham o mesmo salário. O social é o capital humano, é o trabalhador dessa empresa”, destaca a engenheira sanitarista e ambiental.

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Maneiras inteligentes e sustentáveis que ajudam o meio ambiente e a sociedade são cada vez mais valorizadas pelo mercado. Isso faz com que as empresas invistam cada vez mais nas práticas ambientais, sociais e de governança. “O papel da empresa para o meio ambiente é fundamental, é entender o impacto que você causa e o que você fará para eliminar isso”, enfatiza Paula Moletta.

Crédito de carbono

Uma forma de reduzir os impactos causados é o investimento em crédito de carbono. Ele visa diminuir os gases do efeito estufa. Cada tonelada não emitida de dióxido de carbono na atmosfera gera um crédito de carbono. “Recentemente, tivemos um start na regulamentação do crédito de carbono. Ainda não é muito simples de comprar e vender, mas temos um mercado voluntário atuante no Brasil. O país tem um potencial incrível para esse mercado, que é a nova moeda verde”, conta a engenheira ambiental.

A empresa que o Emerson trabalha recorreu ao mercado de créditos de carbono. “A gente também compensa todas as nossas emissões de carbono comprando crédito de carbono no projeto REDD+ Jari Amapá. O projeto tem como objetivo o monitoramento e o controle de desmatamento da região da Amazônia, além de fornecer um apoio muito grande na região e às comunidade ao entorno do local”, declara Emerson.

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