A energia solar acaba de ultrapassar a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada em casas, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil. Os números são de um mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Para se ter uma ideia, essa quantidade energética, no entanto, é suficiente para abastecer mais de 9,5 milhões de residências.
Segundo a entidade, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em 5.525 municípios e em todos os estados brasileiros. Entretanto, os líderes em potência instalada são, respectivamente: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Goiás, por exemplo, ocupa a sétima posição nesse ranking de energia.
Ainda de acordo com a entidade, o Brasil possui atualmente mais de 1,8 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. Ou seja, é energia que gera economia e sustentabilidade ambiental para cerca de 2,4 milhões de unidades consumidoras.
Desde 2012, foram cerca de R$ 97,1 bilhões em novos investimentos em energia solar que geraram mais de 570 mil empregos acumulados no período. O número corresponde a todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 28,1 bilhões.
Sustentabilidade e economia
Para o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade. Além disso, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“Esse avanço também ajuda a baratear a conta de luz de todos os consumidores, os que têm e que não têm sistemas solares. Segundo estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics, na próxima década, a geração própria de energia solar deve reduzir a conta de luz no País em cerca de 5,6%”, explica.
Ainda segundo Sauaia, a “fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, em especial com a oportunidade de uso da tecnologia na habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, bem como em escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques etc”.
Políticas para geração de energia
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o Brasil pode se tornar a potência sustentável que se almeja. Para isso, contudo, é preciso inverter a lógica das políticas de energia historicamente implementadas no território nacional.
“É preciso diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes”, aponta. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta. Com boas políticas públicas, poderemos nos tornar em pouco tempo uma liderança solar internacional”, conclui Koloszuk.
