O zagueiro Patrick Willian defendeu o Vila Nova Futebol Clube em 2019. Foram 19 jogos e um gol até a venda para o Famalicão, de Portugal, ainda naquela temporada. No entanto, uma negociação aparentemente simples, tem tirado o sono da diretoria vilanovense.

Após a derrota na final da Copa Verde para o Remo no último sábado (11), o presidente executivo do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, revelou que até o mês de fevereiro de 2022, o clube pode sofrer um “transfer ban” (proibição de transferência) se não repassar ao Ceará parte do dinheiro da venda de Patrick ainda em 2019, afinal existia um acordo, já que o defensor pertencia ao clube cearense e estava emprestado ao Vila Nova.

Em entrevista para o Sistema Sagres de Comunicação, Rodrigo Menezes, um dos advogados do Vila Nova, revelou que a dívida está entre R$ 230 mil e R$ 250 mil, valor corrigido, bem acima do que o clube teria de pagar quando fez a transferência.

“É uma situação que vem se arrastando já tem um tempo. In felizmente a gente não sabe qual é a justificativa, mas não fizeram o pagamento para o Ceará, que propôs ação, a gente apresentou defesa, levamos nossos argumentos, desde o início do ano o presidente Hugo vem em contato com o presidente do Ceará pra resolver a situação, mas até agora não obtivemos êxito”, explicou.

Rodrigo Menezes revelou que a condenação já saiu para o primeiro semestre de 2022, mas ainda trabalha com a possibilidade de um acordo com o Ceará.

“Essa é a principal demanda pra gente começar o ano. Ainda seguimos confiantes que vamos chegar em um bom termo e tomara que Ceará entenda a situação do clube”, completou.

Exemplo de “transfer ban”

Atualmente, o Cruzeiro é o time brasileiro que convive com o problema do “transfer ban”. Embora tenha anunciado nos últimos dias um pacotão de contratações para 2022, não pode registra-las até quitar dívidas que já foram reconhecidas pela FIFA. O clube mineiro tem até o dia 26 de janeiro para acertar R$ 15 milhões em dívidas junto ao Defensor, Uruguai, pela compra de Arrascaeta em 2015, e ainda outro débito com o Mazatlán, do México, pela contratação de Riascos no mesmo ano.