A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos centros urbanos industrializados e chega a ser mais intenso durante o inverno, época em que a perda de calor é maior.

O doutor em Ciências Ambientais, Aldo Muro, concedeu entrevista exclusiva no programa Cidadania em Destaque desta terça-feira (11). Ele falou sobre as consequências deste fenômeno para a saúde. “O pigarro e a ardência na garganta da população ocorrem ao amanhecer e à noite, que são causados pela inversão térmica”, afirma.

Ouça a entrevista na íntegra

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Segundo Muro, nesta época do ano, os poluentes tendem a ficar mais próximos da crosta terrestre, por conta da camada fria, que se concentra abaixo da atmosfera. Aliado à quantidade de poluição gerada pelos veículos e pela indústria, os poluentes tendem a se concentrar na camada periférica do planeta.

“Nós temos feito estudos com o quantitativo de poluentes. Nós chegamos a encontrar arsênio, ou “arsênico”, mais comumente conhecido pela população, próximo ao Setor Goiânia 2. Moro em um condomínio com bastante vegetação e duas nascentes e encontrei por lá dois poluentes. Não é somente o desconforto que causa na população, mas também várias doenças. Esses poluentes afetam os aquíferos, o solo, e as chuvas, que são os aquíferos que não passam do solo”, explica.

Além disso, doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são algumas das consequências da concentração de poluentes na camada de ar próxima ao solo.

Entretanto, algumas medidas podem alterar essa realidade. Entre elas estão a utilização de biocombustíveis, fiscalização de indústrias, redução das queimadas e políticas ambientais mais eficazes.