Criminosos aproveitam crise do coronavírus para aplicar golpes nas redes sociais (Foto: Pexels)

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Não há álcool gel que traga proteção contra as falsas informações que circulam na palma da mão. Nesta época de pandemia, além de se preocupar com prevenção e com a própria saúde, as pessoas também precisam estar atentas aos crimes virtuais. Infelizmente, muitos estão usando o coronavírus para aplicar golpes pela internet.

“Em épocas de Black Friday, de ofertas, as pessoas gostam de acreditar em coisas impossíveis. Um item vai estar com 80% de desconto, ou que o governo está mandando um kit com álcool gel e dinheiro. Então, tem que ter muita desconfiança”, analisa o especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista à Sagres. 

Entre as mensagens que circulam nos aplicativos de conversa, estão as de golpes como a de um suposto kit com álcool gel com dinheiro e pedidos de doações para grandes empresas fabricarem o produto que previne contra a Covid-19. A empresa Ambev chegou a ter de desmentir um falso programa denominado “Auxílio Cidadão 2020”, que instiga o usuário a verificar se o trabalhadores autônomos têm direito a um auxílio de R$ 200 por mês do governo. O link para o qual a pessoa é direcionada pede para fazer um falso cadastro, quando na verdade, o site está roubando os dados. 

Os links falsos, normalmente distribuídos pelo WhatsApp, também prometem acesso a máscaras e exames em domicílio para detecção da doença. Também há casos de anúncios com preços abusivos. Arthur Igreja alerta para que as pessoas procurem verificar a veracidade das mensagens antes de passar uma informação, que pode ser falsa, adiante. 

“Por trás dessa história, quais são as evidências, quais são os números, os estudos que atestam isso que está sendo falado? É não comprar a história que está sendo falada, mas ir atrás da informação”, recomenda. 

Segundo a firma de segurança digital PSafe, 2 milhões de brasileiros foram alvo de golpes na última semana. A empresa detectou 19 golpes e seis apps maliciosos com falsas promessas de benefícios.

De acordo pesquisa do Dfndr Lab, cerca de 42,5 milhões de brasileiros já receberam ou acessaram notícias falsas sobre a Covid-19. Para 43,2% dos entrevistados, o WhatsApp é o principal vetor para os boatos.

Arthur Igreja relembra que crises econômicas, como esta causada pelo coronavírus em todo o planeta, podem sim ter pontos positivos. Para o especialista, o país precisa, nestes momentos, aprender lições de como fazer mais com menos. 

“Se tem um lado bom dessa história, é que nós sempre usamos muito a criatividade e a inovação porque a crise nos impõe isso, ela pede inovação. Voltando à última grande crise que o mundo viveu que foi em 2008, nós saímos de lá com aplicativos de transportes, com compartilhamento de casa. Agora, o evento que eu chamo a atenção é o de semana passada. Os parlamentares fizeram uma votação remota, usando um aplicativo. Então, a pergunta é: será que não daria para fazer isso com mais frequência? Será que o Brasil precisa gastar bilhões com passagens aéreas para políticos todo ano, se a tecnologia está aqui na nossa frente?”, argumenta.

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