A chegada do inverno é motivo de atenção para as doenças respiratórias, incluindo as que podem ter causas alérgicas. Nesse período do ano é comum o aumento de casos de rinite alérgica, asma, sinusite, pneumonias, entre outras. Os sintomas mais costumeiros são coriza, coceira na região dos olhos e nariz, espirros e tosse.

A alergista e imunologista do Hospital Estadual da Mulher (Hemu), Lorena Diniz, explica como surgem essas doenças nessa época do ano, mais fria que o normal. Confira a entrevista a seguir a partir de 1’02

”Isso contribui para que fiquemos em ambientes mais fechados, com janelas fechadas. E nesse momento em que não há chuvas há menos disperção de patógenos, antígenos alérginos que ficam no ar, e no ar há o contato com as nossas mucosas respiratórias que são nariz, boca, olho e a própria pele”, afirma.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o fim do século metade da população sofrerá algum tipo de alergia. Cerca de 30% da população mundial possuem, por exemplo, algum tipo de intolerância ao pó, mofo, pólen de plantas, entre outros. Lorena Diniz enumera as doenças mais comuns neste período de baixas temperaturas.

”Gripes, resfriados, rinites, sinusites e isso pode complicar, trazendo alguns quadros mais graves como a pneumonia ou infecção generalizada. O nariz é a porta de entrada para o pulmão. Tudo que vai para o pulmão, entrou primeiro pelo nariz”, explica.

Mas como fazer para diferenciar doenças tão parecidas? ”Gripes e resfriados vêm acompanhados de febre. Uma queda do estado geral, perda do apetite. Já as crises de rinite vêm após uma exposição, como dar uma faxina no guarda-roupas ou pegou livros e papeis que estavam guardados, e aí entope o nariz, dá uns espirros”, elucida.

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Dicas para deixar o ambiente mais seguro na luta contra ácaros e fungos

Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadas; dar preferência a pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido; passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais.

fastar o paciente alérgico do ambiente enquanto se faz a limpeza; o quarto de dormir deve ser bem ventilado; usar travesseiros e colchões de espuma, fibra ou látex, se possível envoltos em capas impermeáveis aos ácaros; trocar a roupa de cama duas vezes na semana; limpar o estrado da cama duas vezes por mês; camas e berços não devem ser justapostos à parede. Caso não seja possível, colocar junto à parede sem marcas de umidade, na parte mais ensolarada; evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas de papelão onde possam ser formadas colônias de ácaros no quarto de dormir. Substitua-os por brinquedos  que possam ser lavados com frequência; dar preferência às pastas e sabões em pó para limpeza de banheiro e cozinha.

Evitar talcos, perfumes, desodorantes, principalmente na forma de sprays; Não fumar e nem deixar que fumem dentro da casa e do automóvel; evitar banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura; aumentar a ingestão de líquidos; lavar as mãos frequentemente e as narinas pelo menos três vezes ao dia.