Na edição de quarta-feira (4) do programa Tom Maior, da Sagres TV, o advogado João Victor foi convidado para um bate-papo sobre o uso crescente da inteligência artificial (IA) em nosso dia a dia. Durante a entrevista, o especialista fez uma analogia que simplifica o funcionamento dessas tecnologias: “A IA é como uma criança. Só faz aquilo que foi ensinada. Se ela aprende o que é um elefante, aí sim poderá identificar e replicar aquilo.”
A conversa começou destacando como, muitas vezes, utilizamos IA sem perceber — como no uso de GPS, redes sociais ou até mecanismos de busca. João reforçou que a IA está longe das representações hollywoodianas apocalípticas. “Não é igual no filme Exterminador do Futuro, que veio para matar todo mundo. A inteligência artificial está mais próxima de uma extensão da nossa mente”, explicou.
Ao ser questionado sobre os principais mitos envolvendo a IA, João foi direto: “Não vai roubar empregos. Vai remodelar. Como aconteceu nas revoluções industriais anteriores, a forma de trabalhar muda, mas o trabalho continua existindo.” Ele ainda acrescentou que a adaptação é a chave para a sobrevivência profissional: “Não é o mais forte ou o mais inteligente que sobrevive, mas o que melhor se adapta.”
A utilidade da IA vai além da produção de textos acadêmicos. João exemplificou com situações cotidianas como organizar viagens, montar listas de supermercado ou até agendar uma consulta médica. “Ela funciona como a calculadora do engenheiro. Uma ferramenta. Não substitui, mas auxilia, otimiza o tempo”, reforçou.
Sobre o uso mais eficiente da IA, ele deu uma dica simples, mas poderosa: contar histórias. “A IA precisa entender o que está acontecendo. Qual é o problema? Qual é o objetivo? Quanto mais específico você for, melhor o resultado. Manda áudio, conversa como se fosse um amigo.”
Trabalho e Prompts: o jeito certo de usar
Ao falar sobre o uso da IA no ambiente profissional, João foi categórico: “Ela não substitui o advogado, nem o médico, nem o engenheiro. Assim como a calculadora não substitui quem sabe fazer a conta. Mas acelera e melhora o processo.”
Sobre os chamados “prompts” — comandos dados à IA para gerar respostas —, João incentivou a experimentação. “Se não souber o que fazer, pergunta. Quer fazer um bolo de cenoura com banana da Escandinávia? Pergunta como faz. A IA vai te ajudar com um passo a passo.”
Ele destacou ainda que o uso da IA exige treino e paciência. “Você vai tentando, testando, até descobrir como ela pode te ajudar melhor. Com o tempo, a ferramenta entende o seu jeito e responde com mais precisão.” Encerrando a entrevista, João indicou algumas ferramentas de IA além do já famoso ChatGPT:
- Meta AI (disponível no WhatsApp com uma bolinha azul ou digitando @Meta AI): “Boa para tarefas simples, como listas e criação de imagens.”
- Gemini (Google): “Ótima ferramenta, e estudantes têm acesso gratuito por 15 meses.”
- DeepSeek: “Uma IA chinesa que tem se destacado.”
- Grok (do X/Twitter, criado por Elon Musk): “Tem crescido bastante.”
Para quem ainda tem receio de pagar por serviços premium, o advogado sugeriu testar. “Por R$ 100, você tem sete dias grátis. Se não gostar, é só cancelar que o dinheiro é devolvido.”
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 09 – Indústria, Inovação e Infraestrutura
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