Foto: Reprodução/ Internet

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Calor, abraços e carinho são palavras que até poucas semanas atrás não eram tão proferidas, mas eram vistas a todo instante, em muitos lugares. Com a pandemia do novo coronavírus, qualquer proximidade física pode representar risco à saúde.

O que a psicóloga e terapeuta em EMDR, Ângela Lobo, explica é que os brasileiros não estão preparados para isso. “Nós sabemos que a cultura do povo brasileiro é uma cultura do toque. Esse isolamento pode causar uma série de problemas e causar outros”.

Ansiedade e agravamento de uma depressão e até uma fragilização do sistema imunológico estão entre os males causados pela situação de isolamento. Ângela Lobo diz que o confinamento também pode representar uma ameaça aos relacionamentos conjugais que já não estavam bem.

“Na China já se propagou que o número de divórcios depois da crise tem aumentado. Então não se sabe se isso é porque os cartórios estavam fechados e isso é uma demanda reprimida ou se realmente eclodiu problemas nos relacionamentos”, destaca.

Segundo a psicóloga, um relacionamento fragilizado, que ainda sobrevivia à rotina, pode ruir de vez com o isolamento e confinamento. “O relacionamento que tinha sua dificuldade e, pela rotina do dia a dia, isso era meio que empurrado com a barriga, agora não tem como, é preciso encarar aquilo que era colocado embaixo do tapete”, detalha.

De acordo com dados de 2019 do IBGE , um a cada três casamentos terminaram em divórcio no Brasil, antes da pandemia. A psicóloga Ângela Lobo alerta que, com a família ficando em casa, esse é o pior momento para se tomar qualquer decisão precipitada, mas é o melhor para conhecer melhor o outro e tentar estreitar laços que estravam prestes a se romper.

Ângela Lobo indica estratégias para sobreviver a esse momento. A primeira é o respeito, segundo, a individualidade. “Na medida do possível, cada um deve ter o seu momento”, defende. Opor fim, também é importante o momento comunitário. Dessa forma é possível levantar estratégias para conhecer melhor o outro e aproveitar o que há de valor.

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