Um informe do Ministério da Saúde com dados internacionais mostra que há 333 casos confirmados de varíola dos macacos em 23 países. No Brasil, segundo a Pasta, já são três casos em investigação, nos estados do Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Leia mais: Farmacêutica diz que agiliza processo para trazer teste de varíola dos macacos ao Brasil

O doutor em Ciência com ênfase em Biotecnologia e professor na Escola de Saúde da Uninter, Benisio Ferreira da Silva Filho, explica no que consiste essa variação encontrada nos macacos e compara com a dos humanos. Assista a seguir

”Essa variação, esse vírus que causa o problema da varíola em roedores e é transmitida aos macacos tem as mesmas características e sinais clínicos da varíola que é temida, e que seria a dos humanos, mas que agora está se apresentando com um número maior de casos em humanos”, afirma.

Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão. As lesões pelo corpo, chamadas de erupções cutâneas, surgem em até três dias após o estado febril.

Benisio Ferreira explica que a transmissibilidade desse tipo de varíola é menor, em comparação à Covid-19, por exemplo.

”Diferente do que vivemos na Covid, a varíola dos macacos possui um índice de transmissibilidade muito menor, necessita de um contato mais íntimo, é preciso entrar em contato com a ferida causada por esse tipo de problema para que se tenha a transmissão”, esclarece.

O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A varíola dos humanos foi erradicada no Brasil em 1973, com 100% da população vacinada. Segundo o professor da Uninter, o índice de letalidade desta variante atual é muito menor, e já se tem uma vacina para combatê-la.

”O mais importante: nós temos uma vacina. Então caso seja necessário, devido a um aumento significativo do número de novas pessoas e a transmissibilidade começar a aumentar, o que nós não acreditamos, nós já temos uma vacina pronta e com um nível de eficiência muito alto. Afinal foi a primeira grande vacina a erradicar uma doença e estamos preparados para isso”, pontua.