Após boa campanha no Vila Nova em 2015, onde jogou 21 partidas, marcou 3 gols e foi campeão da Série C, Ramires acabou sendo contratado pelo Goiás para a temporada 2016 e, apesar de uma boa impressão inicial, não foi aproveitado no restante do ano.

 “No início do Campeonato Goiano do ano passado foi dito que eu era uma grata surpresa. Fizemos um bom começo aqui no Goiás, mas infelizmente não aconteceu da mesma forma no restante da temporada. Eu tive algumas perdas na minha família, principalmente a da minha mãe e com certeza isso me afetou um pouco em 2016.”

Com o baixo rendimento na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, o volante foi emprestado para o Botafogo de Ribeirão Preto, onde fez apenas quatro jogos devido à uma lesão.  Agora o atleta busca retomar seu trabalho no clube esmeraldino. “Eu volto com o intuito de dar continuidade ao que estava sendo feito no antes do empréstimo ao Botafogo e espero que esse ano seja melhor do que o ano passado, em todos os aspectos”.

Segundo o Ramires, a ida para o time paulista foi tranqüila e partiu dele. “Aconteceram algumas coisas aqui no Goiás e eu acabei sendo emprestado até por opção minha mesmo. Eu estava sem jogar, apenas treinando e com vontade de atuar. Como o treinador lá do Botafogo já me conhecia (ele e Márcio Fernandes trabalharam juntos no Vila Nova), foi tudo em comum acordo.”

2016

O Goiás foi o campeão do Goianão em 2016, mas a péssima campanha na Serie B fez com que a temporada passada precisasse ser esquecida pela torcida esmeraldina. Entre tantos outros, um dos motivos apontadas para este insucesso foi a –talvez- má relação entre os atletas. Ramires, no entanto, diz não ter tido problema com nenhum jogador.

“Eu não fiquei aqui o ano todo em 2016. Mas o tempo em que estive eu fui tratado muito bem e tinha boa relação com todos os atletas, mesmo estando mais próximo de alguns. Porém, não tive problema com ninguém. A questão é que ano passado nada deu certo”, explica o volante.

“Nós estamos tentando montar uma família e, na família, é um apoiando o outro”

O objetivo pessoal de todo jogador em um clube, é estar no time titular. Um dos setores mais disputados nesta temporada no elenco esmeraldino será o meio-campo. Entre volantes e meias, foi o setor mais beneficiado com as contratações. Apesar da concorrência, Ramires garante estar tranqüilo.

“É bom ter jogadores de qualidade, independente de ser da minha posição ou não. Nós vamos mostrar nosso trabalho no dia a dia e aquele que se destacar e estiver bem, o Kleina vai escalar.”

Para o volante, essa disputa é boa para o próprio clube.  “Só quem ganha com isso é o Goiás. Nós teremos um ano cheio de competições com lesão, cartões e será bom ter um elenco qualificado com esse do Goiás”.

“Sair com a bola e chegar na frente, foi isso que me trouxe até o Goiás”

Ao ser questionado sobre qual posição prefere jogar, Ramires diz que é um volante com mais liberdade e que o técnico Gilson Kleina já está ciente da sua preferência.  “Eu sou, de origem, um segundo ou terceiro volante. Ano passado, pelas características dos outros atletas que estavam aqui, acabei jogando de primeiro volante e, em muitos jogos, ainda fui bem. Mas minha função de origem é segundo volante ou terceiro homem do meio campo. O Kleina já sabe disso e vem conversando comigo.”

Para repetir o bom momento que teve em 2015 com a camisa do Vila, Ramires espera ter mais oportunidades em 2017, já que na temporada passada fez apenas 20 jogos com a camisa do Verde. “Espero manter um padrão alto, mas isso vem com oportunidades, ritmo e sequência de jogos. Vamos continuar trabalhando para termos um ano muito melhor do que foi ano passado e eu, particularmente, ser melhor do que em 2015”, destacou o atleta de 29 anos.