O atual presidente da Agência de Regulação de Goiânia (ARG), Paulo César Pereira, teve a recondução rejeitada pela Câmara Municipal em maio deste ano e, agora, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), busca maneiras de mantê-lo à frente do órgão. Em entrevista à Sagres, Paulo César afirmou que acha natural o debate na Câmara, mas que espera que a recondução seja avaliada com base no trabalho e “no exclusivo olhar para o interesse público e para o zelo com o dinheiro público”.

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“A lei permite a recondução para mais de dois mandatos. Agora, o prefeito indica o nome da diretoria da ARG e a Câmara endossa esse nome. Houve uma primeira discussão e uma votação pela rejeição. As informações que eu tenho é que o prefeito conversa agora com a Câmara para reverter e assegurar a continuidade do trabalho”, detalhou o presidente.

A discussão da recondução de Paulo César Pereira ocorre juntamente com a possível renovação de contrato da prefeitura de Goiânia com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Conforme noticiou a coluna Sagres em OFF, nesta quarta-feira (13), o novo contrato deve ser assinado até novembro, mas ainda restam dúvidas sobre quais serviços serão entregues para a Companhia.

“A Comurg tem sido uma grande parceira do município, mas esse contrato de um ano que está em vigência em 2022 já serve de teste para como serão os novos contratos, nessa linha: fazer aferição de todos os serviços e avaliar se a prefeitura amplia os serviços a serem prestados pela Comurg”, disse Paulo.

Segundo o presidente, os serviços que podem contemplar uma possível ampliação do contrato seriam os de manutenção da iluminação pública, de equipamentos públicos, praças, parques e cemitérios. “Todos esses itens estão sendo avaliados para que eles configurem no próximo contrato a partir do interesse da Comurg pela execução como estão detalhados e pelos preços que estão cotados. Se não houver esse interesse, obviamente, a prefeitura pode terceirizar para outros interessados”, explicou.

Paulo César Pereira contou ainda que já houve uma redução no valor do serviço prestado pela Comurg à Prefeitura de Goiânia, que antes era de R$ 40 milhões por mês e agora é de R$ 30 milhões. “O fato real é que o município é grande, com mais de 1,5 milhão de habitantes e o custo de manutenção da cidade é esse mesmo, de R$ 30 milhões por ano. Há pretensos prestadores de serviço que passam a ideia de que fariam por um preço muito menor, mas quando a ARG detalha e disciplina tudo que precisa ser feito pela cidade, esse discurso de que faria mais barato se perde”, concluiu.

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