A secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli (Foto: Rubens Salomão/Sagres On)

{source}
<iframe width=”100%” height=”166″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/572216694&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true”></iframe>
{/source}

A secretária de Educação, Fátima Gavioli, revelou à Sagres 730 nesta sexta-feira (8) que foram abaixo do esperado e fraquíssima, respectivamente as notas dos estudantes da rede estadual do nono ano e do terceiro ano do ensino médio, na prova de matemática no Sistema de Avaliação da Educação no Estado de Goiás (Saego), realizada no final do ano passado. A melhor nota, informou, foi dos alunos do quinto ano, que ficou dentro do esperado. 

Esse resultado acendeu a luz vermelha na secretaria, pois esses alunos com dificuldade em matemática farão, em novembro, a Prova Brasil, base para o MEC calcular o Ideb das escolas brasileiras e de 2020. Por isso, a secretária informou que vai investir em recuperação de conteúdo de matemática durante todo este ano, para preparar os alunos para a Prova Brasil. Fátima questiona a parametrização adotada por Goiás para avaliar seus alunos e diz que quer mudar para os parâmetros do Estado e adotar os do movimento Todos pela Educação.

No Ideb de 2018, divulgado em 3 de setembro, o ensino médio teve nota 4,3, superando a meta de 4,2 estabelecida pelo Inep para o Estado. Goiás ficou em primeiro lugar no ranking dos Estados. Já no Ensino Fundamental II, a média foi 5,2, ou seja, 0,4 a mais que o estipulado (4,8). No Ensino Fundamental I, Goiás apresentou crescimento de um ponto: o Inep apresentou meta de 5,6, mas a rede estadual goiana fez 6,6. As provas foram realizadas em 2017. 

Questionada sobre suas ações para evitar queda no Ideb de Goiás, a secretária observou que seu foco é a aprendizagem e que não ter vaidade pelo primeiro lugar, “mas pela régua”. É que, diz, a boa colocação do Estado foi possível porque ele ficou em terceiro lugar em proficiência (o conhecimento do aluno em determinada disciplina) e em primeiro lugar em fluxo, que mede aprovação, reprovação e evasão. Ela diz que se interessa mais em cuidar do terceiro lugar, ou seja, em investir no conhecimento do aluno, do que com fluxo, e questiona: “Em Goiás não há evasão escolar, reprovação de aluno?”.

Reordenamento de escolas

A secretária informou na entrevista à Sagres que reduzirá a menos da metade os servidores que estavam alocados na sua sede, depois da mudança do prédio alugado na Avenida Independência para a sede própria, onde funcionava o Instituto de Educação de Goiás (IEG), na Vila Nova. No início do ano, a secretaria anunciou que economizará cerca de R$ 750 milhões por mês entre aluguel, limpeza e manutenção com a mudança. Entre os dispensados estão servidores comissionados, celetistas e efetivos. Estes últimos serão mandados para as escolas. 

Ela também trabalha no reordenamento da rede estadual para economizar gastos e cumprir a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que transferiu para os municípios a responsabilidade pelos alunos do 1º ao 5º ano. Os do 6º ao 9º podem ficar com Estado ou município e os do ensino médio são responsabilidade exclusiva dos Estados. Fátima identificou na rede estadual 47 escolas com cursos do 1º ao 5º e decidiu repassar todas elas aos respectivos municípios em 2020. “Goiás está 20 anos atrasado no reordenamento escolar”, disse.

Redução de custos é o segundo critério usado para reordenamento das escolas. De acordo com a secretária, uma escola só está no azul, quando tem 400 alunos. Ela encontrou escolas com 60 alunos e 28 professores dividindo mesmo muro com outra escola com 80 estudantes.

{source}
<iframe width=”560″ height=”315″ src=”https://www.youtube.com/embed/jRcak7U7d1E” frameborder=”0″ allow=”accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture” allowfullscreen></iframe>
{/source}