Prejudicada pelos longos períodos de geadas e incêndios, a produção dos canaviais no Brasil registrou uma queda história e recuou quase 13%, se comparado com a safra passada.

Já a safra do milho avançou 29%, com produtores intensificando a produção do grão, de onde são extraídos o óleo, compostos para ração animal e até etanol.  O combustível da cana-de-açúcar ainda é o mais extraído, mas na falta do produto, o milho ganha a vez.

De acordo com o coordenador do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag) Alexandro Santos, explicou que, durante a entre safra da cana as usinas ficariam paradas se não fosse pela a produção do milho.

“De outubro a fevereiro são praticamente cinco meses com as usinas de cana paradas sem a condição de produzir etanol de cana. Então enquanto as usinas não processam a cana, ela estão trabalhando com o milho, produzindo derivados importantes desse cereal que cão abastecer a população e a pecuária e também produzindo o etanol,” disse Alexandro.  

Em abril, do total de 27,5 bilhões de litros de etanol produzidos em Goiás e Mato Grosso, 3,5 bilhões foram originados do cultivo dos grãos, um aumento de 34% em relação à safra 2020/21.

Segundo Alexandro, o milho tem potencial para extrair mais etanol do que a cana. No entanto, o custo é mais alto. Com a safra da cana-de-açúcar e ainda com o incremento do milho, a estimativa é que o preço do etanol sofra redução nas próximas semanas.

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