Na última semana, o presidente da Celg, Fernando Navarrete, fez uma série de acusações a gestão anterior do governo de Goiás. Segundo ele, os gestores tiveram grande colaboração para que a estatal goiana estivesse na situação complicada que se encontra. Nesta sexta-feira (12), o ex-diretor administrativo da empresa na época do governo Alcides Rodrigues, Einsten Paniago, respondeu o atual comandante da emissora.

De acordo com o ex-diretor, a Celg vem sofrendo prejuízos decorrentes de uma série de operações desde a década de 90, e que isto, está ocasionando uma perda de produtividade e de lucratividade. Ele aponta que também houve alguns desmandos que agravaram a situação.

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Para Paniago, órgãos internos e externos de controle devem apurar sobre os desmandos ocorridos na companhia durantes os anos.

Apesar da crise vivida nos últimos anos, Paniago aposta na viabilidade da empresa. “A companhia é lucrativa. É possível ter lucro”, diz.

Sobre a crise da Celg, o ex-diretor afirma que ela vem de muito tempo. Ele exemplifica relatando uma tentativa do governo de vender ações da empresa em 2000, que só não foi concretizada pela falta de interessados. “Se a crise é tão recente, porque em 2000 não houve ninguém interessado em adquirir as ações”, sugere.

Em relação aos acordos de 2010 e de agora para salvação da empresa, Paniago diz que o anterior era mais vantajoso para o Estado. Segundo ele, com o acordo anterior, somente 5% das ações seria transferidas para a Eletrobrás, e ainda, em 2015 a empresa já estaria recuperada.

Mesmo com pensamento distinto do atual grupo gestor, Einsten Paniago afirma que é melhor realizar o atual acordo do que não fazer nada.