Entre 31 de setembro deste ano e 17 de março de 2024, o Sesc São Paulo vai abrigar a exposição “Araetá – A Literatura dos Povos Originários”. São obras literárias, fotográficas e artesanias de artistas e escritores de mais de  50 povos indígenas do Brasil.

A mostra é uma parceria entre o Sesc São Paulo, o Instituto Cultural Vale e o Ministério da Cultura. As instituições querem, assim, reunir num mesmo local objetos artísticos, fotografias, ilustrações, artesanias e produções literárias para dar visibilidade ao trabalho de indígenas em todas essas áreas.

Com teor educativo, a mostra espera a visita de estudantes de escolas das redes públicas e privadas. Então, o público que vai ao Sesc Ipiranga, em São Paulo, vai conferir mais de 334 títulos publicados por 105 editoras do país.

Cultura indígena

Selma Caetano, produtora executiva do Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa – Oceanos, é a curadora da exposição. Mas participam com ela a documentarista, Cristina Flória, o escritor Kaká Werá Jekupé, o fotógrafo Richard Werá Mirim e o teatrólogo e poeta Ademario Ribeiro Payayá.

A curadora explicou então que a mostra conta com livros que levam mensagens com as questões que os indígenas lutam há séculos, como a invisibilidade. “O acervo é composto por cantos, contos, mitos, narrativas, poesias, ensaios, romances e títulos relacionados à criação do mundo, à ancestralidade, à vivência dessa ancestralidade no presente, ao bem viver e ao papel dos anciãos nas comunidades indígenas”, disse.

O poeta e curador, Ademario Ribeiro Payayá, contou que a escolha do nome da exposição tem sentido com o que eles querem apresentar ao público. “Ara e etá são termos da língua Tupi. Ara é o dia, o que está no alto, o fruto, o mundo. Etá é o plural dessa língua. Araetá, assim, nos remete aos frutos, aos dias, aos mundos da literatura dos povos originários que, nessa exposição, são percorríveis através das histórias criadas por 114 autores”.

Artistas indígenas

Nomes consagrados da produção literária indigena estão na lista de artes da exposição. Alguns deles são: Ailton Krenak, autor de livros de reflexões filosóficas e ativismo ambiental, e Daniel Munduruku, autor de 60 livros publicados.

A exposição fotográfica contempla trabalhos de 14 fotógrafos, de 12 diferentes povos. São retratos que valorizam suas culturas e sua diversidade cultural. Entre os ilustradores estão nomes como o professor, Uziel Guainê. Além da Casa dos Saberes, local que vai abrigar a Biblioteca Araetá e diversos objetos de artesania dos povos originários, como cestarias e esteiras.

A exposição “Araetá – A Literatura dos Povos Originários” ocorre entre 31 de agosto de 2023 a 17 de março de 2024, no Sesc Ipiranga, em São Paulo. A visita será de terça a sextas, das 9h às 21h30. Mas aos sábados será das 10h às 21h30 e aos domingos e feriados, das 10h às 18h30. No entanto, a abertura da exposição será na quarta-feira (30), às 19h.

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