Os catadores de material reciclável do Rio de Janeiro ganharam a Fábrica Verde. A fábrica de reciclagem tem capacidade para triagem de recicláveis e produção de produtos ecológicos como telhas ecológicas e sabão de óleo usado. A unidade está localizada em Cordovil, bairro da Zona Norte da capital do Rio de Janeiro.

A Fábrica Verde deve aumentar a reciclagem dos resíduos da cidade, gerar economia para a população de baixa renda, incluir socialmente os catadores e promover a economia circular. Inicialmente, o local será gerido pela Secretaria de Meio Ambiente e Clima, mas posteriormente deve ser autônomo para os catadores. 

“É a primeira vez que a gente está garantindo o lucro e o pagamento aos catadores. Eles são capazes e se autogovernam, e vão tirar o lucro a partir dos produtos. Não vão precisar terceirizar e entregar o material para as grandes empresas recicladoras”, afirmou a secretária de Meio Ambiente e Clima, Tainá de Paula. 

Como vai funcionar?

A Fábrica Verde terá capacidade de produzir triagem de recicláveis de 300 toneladas de material por mês, nove mil cobertores e quatro mil peças de vestuário por mês, por exemplo. Outras produções serão sabão e sabonetes, telhas ecológicas, combustível verde a partir do coco e recondicionamento de eletrônicos.

“Todos os produtos da Fábrica Verde vão estar à disposição na plataforma de venda online da Prefeitura e nós vamos vender a produção diretamente ao consumidor, não vamos distribuir lucro com empresas que não preservam o meio ambiente”, explicou a secretária.

O espaço também funcionará como uma fábrica-escola com capacidade para a capacitação de 1.500 profissionais por ano. Assim, os profissionais poderão participar da renda do produto final, irão receber bolsa e a formação poderá gerar oportunidades de trabalho no mercado formal, como explicou a coordenadora da Fábrica Verde, Lívia Galdino.

“A proposta aqui é que o catador consiga, por exemplo, lavar e triturar o plástico, que passa a ter outro valor agregado e, assim, ele vai ganhar mais. Isso é transferência de tecnologia social para que esses catadores consigam agregar mais valor ao produto do seu trabalho”. Se o projeto avançar positivamente, a Secretaria-Geral da Presidência da República entende que a iniciativa poderá ser expandida para outras cidades.

*Com CicloVivo

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 08 – Trabalho decente e crescimento econômico.

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