O terceiro episódio do Agir Sustentável apresenta a realidade histórica e presente de falta de saneamento básico para mais de 90 milhões de brasileiros e como o meio ambiente é afetado, principalmente pela ausência de coleta e tratamento de esgoto. Esta edição ainda detalha cada etapa do tratamento de esgoto em uma grande cidade e como a consciência dos moradores pode favorecer a vida de rios e córregos.

Você consegue imaginar o que é não ter água tratada na torneira? Ou ficar com o esgoto a céu aberto, sem coleta e tratamento, ou ainda despejado direto no rio ou no mar? Essas são condições fundamentais para a saúde e qualidade de vida, mas milhões de brasileiros e brasileiras continuam sem acesso ao saneamento básico.

O Marco Legal do Saneamento estabelece o prazo para universalização até 2033, mas parece que ainda estamos bem distantes dessa meta. O saneamento básico e os impactos dele sobre a busca pelo desenvolvimento sustentável são o assunto desta edição do Agir Sustentável.

De todos os 215 milhões de brasileiros, quase 16%, mais de 32 milhões, não têm acesso a água tratada pela rede pública e dependem de cisternas, caminhões pipa ou poços artesianos. Ainda mais grave é que 44% da população não tem coleta de esgoto. São mais de 90 milhões sujeitos a poluição, doenças e aumento da desigualdade social.

O panorama é ainda pior nas chamadas “comunidades irregulares”. São cerca de 7 mil em todo o Brasil – locais como favelas ou invasões. Nessas comunidades, a falta de esgoto é rotina para 91% das famílias. E esse é um problema antigo no Brasil.

O programa “Fator Humano”, da Agência Nacional, mostrou a falta de saneamento básico em Goiânia já em 1964. Exatamente 60 anos depois, a realidade no país não é muito diferente, apesar de alguns avanços. E quem nos explica quais são as demandas e possíveis caminhos para a universalização da água e esgoto é a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Siewert Pretto.

Enquanto não nos aproximamos da meta de universalização, doenças causadas por bactérias, protozoários e vermes continuam a atingir muitos brasileiros e impactam, por exemplo, na mortalidade infantil. A lista inclui diarreia, disenteria, febre tifoide, cólera, leptospirose, hepatite A, além de verminoses e as chamadas arboviroses, como dengue e febre amarela. Entre várias outras, que causam mortes que são consideradas evitáveis.

Tratamento

Depois de entender as principais demandas do saneamento básico no Brasil, o Agir Sustentável conhece na prática como as coisas podem funcionar, quando existe o sistema coleta e tratamento do esgoto.

O apresentador Rubens Salomão e o repórter cinematográfico Hebert Bruno foram até a maior Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade de Goiânia, onde 98% da população urbana tem acesso à coleta e tratamento de esgoto, em um cenário bem diferente de muitas regiões brasileiras. Quem os recebeu para explicar como funciona cada etapa foi Leandro Roncato, que é gerente de Tratamento de Esgotos da Saneago, a empresa estatal responsável pelo serviço.

Muita gente ficado com “nojinho” de ver todo o esgoto sendo tratado, mas saber para onde vai tudo o que jogamos nas ruas ou no ralo da pia é educativo. É muito importante não jogar lixo no esgoto, porque isso gera todo um trabalho na estação de tratamento.

Além disso, ver como tudo pode funcionar pode incentivar os investimentos necessários para universalizar o saneamento básico em todo o Brasil e evitar que o esgoto seja despejado em rios ou no mar. E esse cuidado com os cursos d’água também e assunto na próxima edição do Agir Sustentável, nesta segunda-feira (24), no canal da Sagres TV 26.1, na Rádio 730 AM, bem como pelo canal do YouTube do Sistema Sagres, quando nós vamos falar sobre as nascentes. Até lá!

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