No domingo (20) o Brasil celebra o Dia Mundial da Consciência Negra. A data faz referências às culturas africanas e remete uma reflexão sobre a importância das etnias que contribuíram para a evolução da cultura brasileira.

Até a sexta-feira (18), o Movimento Negro de Goiás realiza no hall da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) a Feira de Arte Negra. Um dos organizadores do evento, Sandro Salamanca, explica como surgiu a ideia.

“Partiu do Movimento Negro, que pediu apoio à deputada estadual Adriana Accorsi (PT) e ela abriu as portas para que pudesse receber o nosso pessoal aqui na Alego”, afirma.

A cabeleireira Africana Samira Assetou Diallo, que vive no Brasil há sete anos, faz parte do movimento africano no país. Para ela, o evento é uma oportunidade de disseminar a cultura e ressalta que é preciso respeitar as diferenças.

“A feira ajuda você a conhecer pessoas diferentes, a aprender a dialogar, a crescer seu nível de amor pelas pessoas. Nunca deixo a cultura mudar, é para a vida toda. Ensinamos para nossos filhos e descendentes. Você pode viajar o mundo todo, mas nunca se esquece de onde vem, de nossa cultura, língua. O movimento está tentando unir pessoas de raças e religiões diferentes, pois não importa a raça ou a cor. Amo muito o Brasil e não vou sair daqui”, exclama.

No local onde é realizada a feira foram montadas diversas barracas para comercialização de produtos típicos das culturas africanas.  O evento é aberto ao público e conta com uma programação variada.

A abertura nesta quarta (16) contou com desfile afro com modelos do Grupo Encrespa e mostra de dança. Na quinta (17), acontece a apresentação do grupo Capoeira de Samba de Roda e na sexta (18), a Congada. 

Além da programação na Assembleia Legislativa, no sábado (19), os visitantes poderão curtir o “Samba e Feijoada do Curuzu” com show do grupo 3 Neguinhos e Amigos, no espaço cultural localizado na Rua 89 no Setor Sul.

Com informações da repórter Juliana Gomes