A Finlândia oficializou, nesta quinta-feira (12), a intenção de integra-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ao que tudo indica, o país vizinho, a Suécia, tende a seguir o mesmo caminho e se juntar à aliança militar intergovernamental nos próximos dias. O historiador e professor de geopolítica, Norberto Salomão, destacou as possíveis entradas desses países.

“O presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, juntamente com a primeira-ministra, Sanna Marin, concordaram que a Finlândia deveria abrir mão da centro-esquerda do país para não ficar indefesa diante da expansão do Putin [presidente russo]. Desde a Segunda Guerra Mundia e adentrando o período da Guerra Fria, a Finlândia e a Suécia optaram por uma neutralidade como forma de garantia da segurança. Assim se mantiveram até agora”, explicou.

“As únicas áreas que o Putin atacou efetivamente são lugares que não faziam parte da Otan, como a Chechênia, a Geórgia. Então, o que está se percebendo agora é o seguinte: se a Finlândia e a Suécia permanecerem fora do Otan, elas não podem entrar naquele artigo 5º da organização, que a gente brinca dizendo que é o ‘mexeu com um, mexeu com todos’, e a aliança é composta por 30 países membros”, completou.

Sendo assim, diante dessa ameaça, sobretudo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, Norberto Salomão analisou que a Finlândia, sendo a primeira a sair na frente, depois a Suécia, entenderam que não podem ficar de fora. Agora, o parlamento finlandês deve aprovar ou não uma lei nesse sentido e fazer o pedido junto à Otan.

Confira a análise completa a seguir:

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