Futebol e sustentabilidade podem caminhar juntos? Iniciativas dos clubes e torneios como a Copa Verde mostram que sim. A Arena Repense desta semana destaca o papel do esporte em busca de um mundo mais sustentável. A reportagem do repórter esportivo do Sistema Sagres Paulo Massad destaca como o futebol pode ser uma importante ferramenta para combater as desigualdades e as injustiças sociais ao fomentar o debate sobre mudanças climáticas, revendo padrões de consumo e colocando a economia a favor de desenvolvimento.

Assista à reportagem e ao Arena Repense a seguir a partir de 1h03′:

Na Arena Repense desta quinta-feira (12) o ambientalista e consultor de sustentabilidade para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Carlos Henrique Rodrigues Alves, relata que foi convidado para transformar um torneio regional, em 2015, para deixá-lo mais sustentável: a Copa Verde. ”Desde então a gente vem tratando a Copa Verde como o campeonato mais sustentável do hemisfério sul. A gente não encontra hoje um campeonato com tantos eventos socioambientais quanto a Copa Verde”, alega.

O torneio é disputado desde 2014 entre equipes do Centro-Oeste e Norte, além do Espírito Santo. Entre as ações da competição está o replantio de árvores e até o troféu é de madeira. Apesar dos esforços dos clubes como o exemplo do Fortaleza, Carlos Henrique Rodrigues Alves avalia que as iniciativas sustentáveis no futebol, não apenas no Brasil, ainda são incipientes e que mesmo em outras áreas de atuação a sustentabilidade ainda não é tratada como prioridade.

”Em todo o mundo essa questão não está no auge de discussão, na prateleira mais alta que deveria estar diante de uma emergência climática que estamos vivendo hoje. O mundo pode estar atingindo o seu aumento sem ponto de volta da temperatura global e isso vai gerar enormes catástrofes. As emergências climáticas já estão acontecendo e isso faz com que o futebol ainda precise dar passos mais largos”, aponta o consultor.

A coordenadora do Polo Expansão da Demà By Renapsi, Vânia Rodrigues, que trabalha diariamente a importância da sustentabilidade junto aos jovens aprendizes, afirma que são louváveis as iniciativas dos clubes para fazer do futebol um esporte mais sustentável em todos os aspectos. ”A Arena Fonte Nova, na Bahia, por exemplo, utiliza a água das chuvas para irrigar a grama e também nos banheiros. São várias as formas de trabalhar a sustentabilidade dentro do ramo esportivo”, reforça.

Autor da reportagem para a série Repense, da Sagres, Paulo Massad acredita que os clubes goianos como Atlético Goianiense, Goiás Esporte Clube e Vila Nova Futebol Clube demonstram consciência e boa vontade para implementar ações que visam a sustentabilidade, mas ressalta que o caminho a se percorrer ainda é longo.

”Depende ou demandará um pouco mais de tempo para que os clubes consigam fazer mais ações que possam contribuir para a sustentabilidade, não me refiro apenas ao lado social, mas ao próprio meio ambiente também”, pontua.

Confira a reportagem de Paulo Massad na Sagres TV:

Confira edições anteriores da Arena Repense: