Os clubes brasileiros que fazem parte do movimento Liga Forte Futebol divulgaram no último domingo (4) em suas redes sociais, um manifesto em que reivindica uma reunião com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Atlético, Goiás e Vila Nova fizeram parte da ação. No post publicado, os clubes demonstram que estão discutindo um formato equilibrado de divisão de recursos como um recado direto à LIBRA – Liga do Futebol Brasileiro.

“A LIBRA só pensa em alguns e quer piorar o que vivemos hoje”, resumiu o presidente do Atlético Clube Goianiense, Adson Batista, que é um dos “cabeças” da Liga Forte Futebol.

Atlético Clube Goianiense

Adson Batista, acrescentou que existe um movimento político dentro da CBF, em que a entidade estaria tomando partido pela aprovação da LIBRA.

“A gente vai fazer essa reunião, porque está tudo muito tendencioso. O Zveiter (Flávio) era o CEO da LIBRA, agora é vice-presidente da CBF, que tá tomando lado. Ninguém faz liga sem os 40 clubes das Séries A e B. Impossível”, disparou Adson, que aproveitou para defender as ideias do Forte Futebol.

“A liga com os melhores conceitos é a Forte Futebol porque ela quer o melhor para o futebol brasileiro. Defende a meritocracia, conceitos em termos de ganhos pra ter um bom produto. Já a LIBRA quer escravidão: blindar paulistas e Flamengo. Ela não pensa como a Premier (League) pensa, como a La Liga e outras que estão dando certo. O Forte Futebol quer, também, passar um percentual para a Série C, pois entende que a melhor forma de fazer o futebol brasileiro é fortalecendo todos, independente de quem seja”.

Goiás Esporte Clube

Pelo Goiás, o presidente do conselho deliberativo, Edminho Pinheiro, foi ouvido pela reportagem do Sistema Sagres. Para o dirigente, o futebol brasileiro deve ser discutido com uma mentalidade diferente da atual.

“Se não houver uma nova mentalidade, onde as três séries que dão acesso para a principal, também sejam pensadas em conjunto, daqui a pouco teremos um futebol brasileiro de 10 clubes”, disse Edminho, que também cobrou uma melhor divisão dos recursos.

“Queremos que essa divisão, que uma liga efetivamente criada, seja equilibrada, com uma diferença menor, melhor distribuída. Que entre os clubes da Série A não exista essa diferença quilométrica. Como exemplo, já estamos no fim do ano, e os clubes da Série B não sabem qual será o orçamento para 2023.

Edminho Pinheiro também lembrou da arbitragem. De acordo com o esmeraldino, após a criação de uma liga, a profissionalização da arbitragem brasileira deve ser o próximo passo.

“Depois da criação de uma liga, então que a gente possa partir para a profissionalização da arbitragem brasileira. Estamos vendo a Copa do Mundo, com um nível de arbitragem muito alto. Dá pra ver como as coisas ficam melhores, com melhor tecnologia do VAR, sem discussões. É isso que o Forte Futebol quer”.

Além dos clubes goianos, também estão na Liga Forte Futebol: América-MG, Atlético-MG, Athletico-PR, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Côrrea, Sport e Tombense.

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