A Copa Goiás Sub-13 vencida recentemente pelo Atlético Clube Goianiense contou com uma novidade: pela primeira vez uma equipe das categorias de base apresentou atletas do sexo feminino e masculino. Foram quatro meninas convocadas pelo técnico Robson Freitas, do Flugoiânia, para a disputa da competição.
A participação das jovens na Copa Goiás Sub-13 (e em qualquer competição de base oficial da FGF) está permitida devido a uma portaria baixada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que autoriza a partida de atletas de ambos os sexos em competições oficiais, a fim de incentivar e impulsionar o futebol feminino desde sua formação.
Com base na novidade, as meias Maria Eduarda, Maria Júlia, Adryelle, além da goleira Laurinda, ganharam oportunidades entre os meninos. E a experiência sobre a participação de cada uma delas em uma competição oficial foi destaque no bate- papo com Wendell Pasquetto e Charlie Pereira, apresentadores do Podcast Debates Esportivos.
“Essa normativa da CBF chegou para suprir a falta de competições de base feminina. Penso que essa decisão vai fazer com que o futebol feminino cresça e daqui a pouco tenham as competições pra elas”, disse Robson Freitas, técnico do Flugoiânia, que fez questão de destacar que as meninas não comprometeram.
“Elas foram bem para uma primeira oportunidade”, completou o treinador, que com seu time misto foi até as quartas-de-final da competição, eliminado pelo Goiás.
A goleira Laurinda também participou do programa. Fã da Letícia Izidoro, camisa 1 do Brasil, e Manuel Neuer, arqueiro alemão, se mostrou tímida diante das câmeras, mas deixou claro o quanto gosta de estar em campo.
“Eu gosto da raça e tenho muita vontade de jogar”, destaou a Laurinda, que sonha em disputar uma Copa do Mundo.
“É o máximo que a gente pode chegar e só as melhores estão lá”.
Flamengo e Corinthians
Depois de um torneio que disputaram em julho, as meninas chamaram a atenção. elas são aguardadas no Rio de Janeiro e São Paulo, onde se apresentam ao Flamengo e Corinthians: Maria Eduarda vai para o time paulista, enquanto Maria Júlia, Adryelle e Laurinda, além de outras duas atletas, vão defender o rubro-negro carioca.
Apoio
Envolvido com o futebol feminino há algumas temporadas, com conhecimento sobre a categoria, o técnico Robson Freitas não considera que o cenário de futebol misto seja o ideal para as meninas, mas se faz necessário para quebrar barreiras.
“Não é qualquer um lança meninas no meio dos meninos, não. Acho que ainda vamos encontrar resistência, porque ainda tem muitas pessoas que acham que o futebol não é esporte para mulher”, ponderou Robson, que espera que o apoio da Federação Goiana de Futebol aumente para 2024.
“Será mais uma ótima oportunidade para elas demonstrarem o futebol e o talento que têm. Não podemos desanimar”, finalizou o técnico.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 05 – Igualdade de Gênero
Debates Esportivos
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