Após 68 jogos com a camisa do Vila Nova, o goleiro Georgemy celebra a boa fase no clube e a identificação com a torcida colorada. Em entrevista exclusiva ao Sistema Sagres de Comunicação, o jogador de 26 anos, destacou a gratidão que tem pelo time goiano. 

“Já vinha trabalhando em outros clubes e sabia que uma hora meu momento iria chegar e graças a Deus foi com a camisa do Vila, um time que me abriu as portas”, revelou.

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Contratado em fevereiro de 2021, o goleiro revelou que sua relação com o clube e com a torcida vilanovense se desenvolveu naturalmente.  

“É um momento muito especial mesmo. Quando eu tive o primeiro contato com o Hugo (Jorge Bravo) eu já sabia da tradição da equipe, do peso da camisa, que tem uma torcida muito apaixonada. As coisas foram acontecendo, mas eu juro que não esperava ter essa identificação tão rápida com o torcedor, com o clube, com os funcionários e as todas as pessoas que fazem o Vila Nova se movimentar diariamente. Tudo isso tem sido muito bom e as expectativas só aumentam, temos o objetivo de conquistar muitas coisas esse ano e subir para a Série A”, frisou.

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Na liderança do Grupo B, o Vila Nova tem a terceira melhor campanha do Campeonato Goiano e tem uma das melhores defesas do estadual, com sete gols sofridos em pito jogos. Remanescente do time vice-campeão em 2021, Georgemy acredita que o elenco desse ano está mais preparado para a briga pelo título, que não vem desde 2005. 

“No ano passado nós tínhamos um time mais jovem, sofríamos mais gols em lances de desatenção individual e não tínhamos um sentimento de unidade e união mesmo, como essa nova equipe tem. A diretoria está de parabéns porque manter um time que ficou treze jogos sem perder no Campeonato Brasileiro da Série B é muito difícil, e eles conseguiram manter a base, isso é importantíssimo”, ressaltou. 

Foto: Roberto Correa / Vila Nova F.C.

“Nos jogos decisivos continuamos com a mesma mentalidade e força, conseguimos transmitir isso para os novos jogadores que chegaram. Já deixamos eles cientes do que é jogar no Vila Nova, do que é representar essa camisa e essa torcida, para no momento certo entrar em campo e resolver. Então, o nosso time está mais maduro, até pela idade, temos jogadores mais experientes. Acredito que nesse ano temos condições muito fortes de chegar na final do Goianão e conquistar o título”, concluiu.  

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Pressão pelo acesso 

“Todo jogador que está na Série B tem o objetivo de subir para a Série A. Independente de qual equipe a gente esteja. Então é uma motivação natural, não vejo como pressão, vejo como um grande objetivo a ser conquistado, que só quem merecer consegue. Porque são 38 rodadas duríssimas, o Brasil é um país gigantesco e a temporada de 2022 será mais curta. Serão jogos de três em três dias, então quem tiver mais concentração e um trabalho psicológico, descanso muito bom, um grupo fechado e uma torcida que abrace a sua equipe com certeza vai estar um passo à frente”, pontuou.

Melhor lembrança

“Gosto muito dos primeiros jogos que eu fiz com a camisa do Vila Nova, foi uma sensação espetacular porque desde o começo parece que eu já estava aqui há dois ou três anos. Foi uma ligação muito forte. Quando cheguei tinha um goleiro gigantesco aqui, o Fabrício subiu para Série B e foi campeão. Então, era uma pressão muito grande representá-lo. Mas as coisas foram acontecendo e Deus que foi me guiando, porque a cada jogo eu sentia que estava melhor e a confiança foi aumentando. Gosto dos dois jogos na Copa do Brasil, que foi contra um time gigante, o Bahia estava na Série A, tinha jogadores fantásticos e nesses jogos eu consegui mostrar meu potencial”, disse.

Pior momento

“A disputa por pênaltis na final do Goianão machuca até hoje e vai machucar por muito tempo na verdade (…). Eu estava muito confiante, tinha estudado muito e treinado muito, mas acabei não fazendo nenhuma defesa. Me cobro bastante por isso, sei que pênalti é muito difícil. Como aconteceu também na final da Copa Verde, se os jogadores baterem muito bem é quase impossível o goleiro pegar. Mas eu estava em uma crescente muito grande, então, quando chegou o momento dos pênaltis eu pensei: ‘é agora, vamos ganhar!’ Mas não foi assim e a gente não pode ficar remoendo o passado. Mas até agora foi o que mais me machucou com a camisa do Vila Nova”, declarou Georgemy.