Não tem segredo, não há o que fazer na hora em que o boleto bate a sua porta no dia do vencimento. Tem que pagar, seja lá como for. É preciso quitar. Fazer o que se não tem disponibilidade de caixa, tirar de onde se você não vislumbra nenhuma possibilidade para tal.

O Vila Nova Futebol Clube é isso, foi sempre assim é será assim sempre. É uma meada sem ponta, você pede socorro ao torcedor, mas chega um ponto em que este já está endividado também, apela para conselheiros que já chegaram ao limite do que poderiam oferecer, implora aos sócios para acertarem os atrasados e não encontrando respostas para todas as tentativas, vai ao ponto de desencontro entre dirigentes, torcedores e imprensa.

Por que o Vila negociou os seus três principais jogadores da temporada passada, Alesson, Dudu e Clayton, quando a torcida esperava ver uma equipe fortalecida para as disputas desse ano. A entrevista do presidente do clube, Hugo Jorge Bravo após a vitória diante do Atlético por 2 a 0, mostrou uma realidade desanimadora para o torcedor, todavia aceitável para aqueles que faziam julgamentos precipitados, por ouvir dizer ou mesmo pela conclusão encaixada na mente de cada um daqueles que navegaram em busca da verdade sobre a negociação do atacante Clayton para o Coritiba.

Hugo Bravo foi muito claro quando falou de receitas e despesas na sua administração de 26 meses no Vila Vova. O clube arrecada pouco mais de duzentos mil(mês) e tem uma despesa mensal acima de 1 milhão de reais. Fazer o que: Vender o produto que tem, jogador de futebol.

Inocência pensar que o jogador foi de graça. Por uma quantia pequena, sim, mas que alivia um pouco a dor do momento, sem contudo, curar o mal de sempre. Se tem uma boa equipe, tem aumento de dívidas, se a conta diminui, o time enfraquece.

O Vila é um zig-zag sem fim, só não se acostuma quem sonha e para sonhadores o princípio está sempre ao lado do fim!